Quem escreveu
Mário de Sá Carneiro (1890-1916)
Nasceu em Lisboa e suicidou-se em Paris. Foi um dos principais animadores da publicação modernista intitulada Orpheu. Conviveu com Fernando Pessoa e, ao nível das artes plásticas e pintura, com Santa-Rita Pintor. Escreveu poesia e prosa e a sua obra apresenta elementos herdados do simbolismo e decadentismo do final do século XIX.
A Confissão de Lúcio mostra como as diferentes imagens do «fogo» correspondem às diferentes expressões de dizer a Arte e a Vida. Neste sentido, o fogo condensa simbolicamente a novidade defendida pela estrangeira a voluptuosidade é uma arte e a vida é voluptuosa. Nesta novela, tal como noutras obras de Sá-Carneiro, a imagem do fogo aparece sob múltiplas variantes de alucinação, de quase loucura, do excesso de sofrimento; mas também corresponde à chama do amor espiritual e erótico. Com efeito, o fogo está associado à ideia da rápida transformação do material ao (quase) imaterial.
Neste contexto, importa lembrar o ensaio de David Mourão-Ferreira, que fixou a figura poética de Mário de Sá-Carneiro ao mito de Ícaro, realçando a imagem do poeta como o herói que sobe ao céu para desafiar perigosamente o sol, e que, quando se aproxima do fogo, cai morto.
David Mourão-Ferreira, Ícaro e Dédalo Mário de Sá-Carneiro e Fernando Pessoa, in Hospital das Letras, Lisboa, IN-CM, 1981.
Ver: http://www.instituto-camoes.ptbasesliteraturadavidlit.htm
Obras Principais de Mário de Sá-Carneiro
Poesia: Dispersão,1914; Indícios de Oiro, 1937; Poesias, 1946.
Ficção: Princípio, 1912; A Confissão de Lúcio, 1914; Céu em Fogo, 1915.
Consultar no sítio do Instituto Camões
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