titletitleAprender a brincar <subtitle type="text"></subtitle> <link rel="alternate" type="text/html" href="http://cvc.instituto-camoes.pt"/> <id>http://cvc.instituto-camoes.pt/</id> <updated>2025-06-09T17:59:52+00:00</updated> <author> <name>Centro Virtual Camões</name> <email>naoresponder.plataforma.cvc@fbapps.pt</email> </author> <generator uri="http://joomla.org" version="1.6">Joomla! - Open Source Content Management</generator> <link rel="self" type="application/atom+xml" href="http://cvc.instituto-camoes.pt/a-gravura-dp5.html?format=feed&type=atom"/> <entry> <title>Sabia que? <link rel="alternate" type="text/html" href="http://cvc.instituto-camoes.pt/a-gravura/sabia-que-90020-dp13.html"/> <published>2011-03-31T09:07:13+00:00</published> <updated>2011-03-31T09:07:13+00:00</updated> <id>http://cvc.instituto-camoes.pt/a-gravura/sabia-que-90020-dp13.html</id> <author> <name>Luís Morgado</name> <email>luis.morgado@instituto-camoes.pt</email> </author> <summary type="html"><table align="left" border="0"> <tbody> <tr> <td><img style="float: left; margin: 5px;" title="A Revista «Presença»" alt="A Revista «Presença»" src="contomes/05/presenca.jpg" height="191" width="146" /></td> <td><br type="_moz" /></td> </tr> <tr> <td><br type="_moz" /></td> <td><br type="_moz" /></td> </tr> </tbody> </table> <span style="font-family: arial; font-size: x-small;">A Revista «Presença»<br /><br />A revista «Presença» foi lançada em Coimbra em 1927. Dela saíram 54 números. José Régio foi um dos principais fundadores e permaneceu à frente do projeto até à sua extinção, em 1940. Este movimento, habitualmente designado por 2.º Modernismo, divulgou nas páginas da sua revista os autores do 1.º Modernismo: Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro e Almada Negreiros. Muitos nomes de diferentes quadrantes estético-literários colaboraram com a «Presença», nomeadamente Miguel Torga, Vitorino Nemésio, João Gaspar Simões (entre outros). Contudo, as ideias que prevaleceram na literatura (e na arte em geral) valorizaram a dimensão psicológica.<br />É interessante saber que a poesia de alguns presencistas esteve na base dos textos e das composições do Fado de Coimbra e do Fado cantado por Amália Rodrigues.<br /><br />Consultar<br /><a href="http://www.fadodecoimbra.com/">http://www.fadodecoimbra.com/</a><br /></span> <hr /> <span style="font-family: arial; font-size: x-small;"><br /></span> <table align="right" border="0"> <tbody> <tr> <td><img style="float: left; margin: 5px;" title="A Revista «Seara Nova»" alt="A Revista «Seara Nova»" src="contomes/05/searanova.jpg" height="204" width="143" /></td> <td><br type="_moz" /></td> </tr> <tr> <td><br type="_moz" /></td> <td><br type="_moz" /></td> </tr> </tbody> </table> <span style="font-family: arial; font-size: x-small;">A Revista «Seara Nova»<br /><br />A «Seara Nova» surgiu em 1921 e foi uma revista de intenções claramente pedagógicas e políticas. O grupo fundador esteve representado por figuras da cultura portuguesa, designadamente: Jaime Cortesão, Aquilino Ribeiro, Raul Brandão, Raul Proença e Câmara Reis. Nesta época, os escritores mais novos desempenharam um papel relevante ao nível da intervenção social e crítica literária. Foi o caso de José Rodrigues Miguéis, Irene Lisboa e José Gomes Ferreira.<br />A revista atravessou um dos mais conturbados períodos da História portuguesa e europeia do século XX – a ascensão de Salazar, a Guerra Civil de Espanha, a ascensão de Hitler, a eclosão da 2.ª Guerra Mundial e o 25 de Abril de 1974. Apesar de ter passado por momentos difíceis e muito irregulares, a revista manteve o seu ideário até aos finais do século XX.<br /><br />Consultar:<br /><a href="http://www.citi.pt/cultura/temas/seara_nova.html">http://www.citi.pt/cultura/temas/seara_nova.html</a><br /><br /><a href="http://www.25abril.org/">http://www.25abril.org/</a><br /></span></summary> <content type="html"><table align="left" border="0"> <tbody> <tr> <td><img style="float: left; margin: 5px;" title="A Revista «Presença»" alt="A Revista «Presença»" src="contomes/05/presenca.jpg" height="191" width="146" /></td> <td><br type="_moz" /></td> </tr> <tr> <td><br type="_moz" /></td> <td><br type="_moz" /></td> </tr> </tbody> </table> <span style="font-family: arial; font-size: x-small;">A Revista «Presença»<br /><br />A revista «Presença» foi lançada em Coimbra em 1927. Dela saíram 54 números. José Régio foi um dos principais fundadores e permaneceu à frente do projeto até à sua extinção, em 1940. Este movimento, habitualmente designado por 2.º Modernismo, divulgou nas páginas da sua revista os autores do 1.º Modernismo: Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro e Almada Negreiros. Muitos nomes de diferentes quadrantes estético-literários colaboraram com a «Presença», nomeadamente Miguel Torga, Vitorino Nemésio, João Gaspar Simões (entre outros). Contudo, as ideias que prevaleceram na literatura (e na arte em geral) valorizaram a dimensão psicológica.<br />É interessante saber que a poesia de alguns presencistas esteve na base dos textos e das composições do Fado de Coimbra e do Fado cantado por Amália Rodrigues.<br /><br />Consultar<br /><a href="http://www.fadodecoimbra.com/">http://www.fadodecoimbra.com/</a><br /></span> <hr /> <span style="font-family: arial; font-size: x-small;"><br /></span> <table align="right" border="0"> <tbody> <tr> <td><img style="float: left; margin: 5px;" title="A Revista «Seara Nova»" alt="A Revista «Seara Nova»" src="contomes/05/searanova.jpg" height="204" width="143" /></td> <td><br type="_moz" /></td> </tr> <tr> <td><br type="_moz" /></td> <td><br type="_moz" /></td> </tr> </tbody> </table> <span style="font-family: arial; font-size: x-small;">A Revista «Seara Nova»<br /><br />A «Seara Nova» surgiu em 1921 e foi uma revista de intenções claramente pedagógicas e políticas. O grupo fundador esteve representado por figuras da cultura portuguesa, designadamente: Jaime Cortesão, Aquilino Ribeiro, Raul Brandão, Raul Proença e Câmara Reis. Nesta época, os escritores mais novos desempenharam um papel relevante ao nível da intervenção social e crítica literária. Foi o caso de José Rodrigues Miguéis, Irene Lisboa e José Gomes Ferreira.<br />A revista atravessou um dos mais conturbados períodos da História portuguesa e europeia do século XX – a ascensão de Salazar, a Guerra Civil de Espanha, a ascensão de Hitler, a eclosão da 2.ª Guerra Mundial e o 25 de Abril de 1974. Apesar de ter passado por momentos difíceis e muito irregulares, a revista manteve o seu ideário até aos finais do século XX.<br /><br />Consultar:<br /><a href="http://www.citi.pt/cultura/temas/seara_nova.html">http://www.citi.pt/cultura/temas/seara_nova.html</a><br /><br /><a href="http://www.25abril.org/">http://www.25abril.org/</a><br /></span></content> <category term="A Gravura" /> </entry> <entry> <title>Quem escreveu 2011-03-31T09:00:23+00:00 2011-03-31T09:00:23+00:00 http://cvc.instituto-camoes.pt/a-gravura/quem-escreveu-80941-dp8.html Luís Morgado luis.morgado@instituto-camoes.pt <p><span style="font-family: arial; font-size: x-small;">Irene Lisboa nasceu no concelho de Arruda dos Vinhos. Foi professora primária, especializada em psicologia e pedagogia. Escreveu uma obra abundante e publicou vários trabalhos com os pseudónimos de Manuel Soares (nas obras de cariz pedagógico) e João Falco (sobretudo nas obras publicadas de 1936 a 1940). Colaborou com a revista «Presença», órgão do Segundo Modernismo português e com a revista «Seara Nova» (entre outras).<br /><br />Iniciou a sua atividade literária com «13 Cantarelos». Seguiram-se-lhe: «Um Dia e Outro Dia», «Outono Havias de Vir», «Solidão I», «Começa Uma Vida», «Folhas Volantes», «Esta Cidade!», «Apontamentos», «Uma Mão Cheia de Nada Outra de Coisa Nenhuma», «O Pouco e o Muito», «Voltar Atrás Para Quê?», «Título Qualquer Serve», «Queres Ouvir? Eu Conto». A escritora morreu, em Lisboa, no dia 25 de novembro de 1958.<br /><br />Consultar:<br />http://www.instituto-camoes.pt/bases/literatura/irene.htm<br /><br />http://www.ibl.pt/org/colecoes/reservados/acpc/lisboa.html <br /></span></p> <p><span style="font-family: arial; font-size: x-small;">[Encontrar Link Base Lit. Pt  e Fig. Cultura Pt]</span></p> <p><span style="font-family: arial; font-size: x-small;">Irene Lisboa nasceu no concelho de Arruda dos Vinhos. Foi professora primária, especializada em psicologia e pedagogia. Escreveu uma obra abundante e publicou vários trabalhos com os pseudónimos de Manuel Soares (nas obras de cariz pedagógico) e João Falco (sobretudo nas obras publicadas de 1936 a 1940). Colaborou com a revista «Presença», órgão do Segundo Modernismo português e com a revista «Seara Nova» (entre outras).<br /><br />Iniciou a sua atividade literária com «13 Cantarelos». Seguiram-se-lhe: «Um Dia e Outro Dia», «Outono Havias de Vir», «Solidão I», «Começa Uma Vida», «Folhas Volantes», «Esta Cidade!», «Apontamentos», «Uma Mão Cheia de Nada Outra de Coisa Nenhuma», «O Pouco e o Muito», «Voltar Atrás Para Quê?», «Título Qualquer Serve», «Queres Ouvir? Eu Conto». A escritora morreu, em Lisboa, no dia 25 de novembro de 1958.<br /><br />Consultar:<br />http://www.instituto-camoes.pt/bases/literatura/irene.htm<br /><br />http://www.ibl.pt/org/colecoes/reservados/acpc/lisboa.html <br /></span></p> <p><span style="font-family: arial; font-size: x-small;">[Encontrar Link Base Lit. Pt  e Fig. Cultura Pt]</span></p> Ler o texto 2011-03-31T08:56:32+00:00 2011-03-31T08:56:32+00:00 http://cvc.instituto-camoes.pt/a-gravura/ler-o-texto-45516-dp9.html Luís Morgado luis.morgado@instituto-camoes.pt <span style="font-family: arial; font-size: x-small;">E o sonho com uma gravura que havia, muito do meu gosto?<br />Sonhei que aquilo tudo era real: vi-a animar-se, mexerem-se as figuras...<br />Nisto abria-se o portão. Por uma *alameda abaixo vinham dois cavaleiros e uma amazona. Ela falava e ria-se e até voltava a cara para trás. Procurava com os olhos um belo cavaleiro, *desirmanado do grupo, que montava um cavalo bravio. Também havia mais cavaleiros e amazonas, que se não distinguiam lá muito bem.<br />Mas tudo aquilo era bonito, era elegante.<br />Saíram todos do portão, finalmente, e até uma das damas, com a ideia que teve de arrancar um *tronquinho de hera, ia caindo do cavalo abaixo.<br />Deixei de ouvir o *trupe dos cavalos e as vozes e vi-me sozinha. Só, só de todo! No meio do campo. Fazia um luar divino. E todo o meu desgosto era de não ser fidalga, de não pertencer também à cavalgada.<br />Pus-me a andar de um lado para o outro e a falar só. Porque não tinha eu ido com eles? Com eles é que eu devia ter ido! À noite vestiria um fato de baile...<br />Olhei para o chão, que me pareceu todo *malhado. Eu não devia pisar nenhuma daquelas malhas. Eram de luar líquido. Devia saltar por cima delas, e era o que fazia. Dava cada salto! Cheguei a saltar de árvore para árvore. De cima de uma delas até descobri um salão onde as fidalgas andavam a dançar.<br />Lá lá lá...lá lá lá...lá lá lá...Que valsa tão doce e tão agradável! Conhecia-a tão bem!<br />Eles, de calção de seda e de meia alta, elas, *de cauda...<br />Deixem-me dançar também, dizia eu, sem que ninguém me pudesse ouvir. Por fim agarrei-me a uma árvore e pus-me a andar à roda.<br />Mas que vergonha, que vergonha! Descobriram-me!<br />Nisto acordei. <br /><br /></span> <div style="text-align: right;"><span style="font-family: arial; font-size: x-small;"><em>A Gravura </em>faz parte das histórias sobre os <em>Sonhos in </em>«Uma Mão Cheia de Nada Outra de Cousa Nenhuma», </span></div> <div style="text-align: right;"><span style="font-family: arial; font-size: x-small;">Porto, Livraria Figueirinhas, s/d.<br /></span></div> <span style="font-family: arial; font-size: x-small;"><br />Glossário:<br />*alameda - passeio público.<br />*desirmanado - pessoa que se separou (i)da outra pessoa com quem fazia par.(ii) do grupo.<br />*tronquinho - ramo muito pequeno.<br />*trupe - ruído ou barulho.<br />*malhado – manchas.<br />*de cauda - designa o vestido comprido do baile.</span> <span style="font-family: arial; font-size: x-small;">E o sonho com uma gravura que havia, muito do meu gosto?<br />Sonhei que aquilo tudo era real: vi-a animar-se, mexerem-se as figuras...<br />Nisto abria-se o portão. Por uma *alameda abaixo vinham dois cavaleiros e uma amazona. Ela falava e ria-se e até voltava a cara para trás. Procurava com os olhos um belo cavaleiro, *desirmanado do grupo, que montava um cavalo bravio. Também havia mais cavaleiros e amazonas, que se não distinguiam lá muito bem.<br />Mas tudo aquilo era bonito, era elegante.<br />Saíram todos do portão, finalmente, e até uma das damas, com a ideia que teve de arrancar um *tronquinho de hera, ia caindo do cavalo abaixo.<br />Deixei de ouvir o *trupe dos cavalos e as vozes e vi-me sozinha. Só, só de todo! No meio do campo. Fazia um luar divino. E todo o meu desgosto era de não ser fidalga, de não pertencer também à cavalgada.<br />Pus-me a andar de um lado para o outro e a falar só. Porque não tinha eu ido com eles? Com eles é que eu devia ter ido! À noite vestiria um fato de baile...<br />Olhei para o chão, que me pareceu todo *malhado. Eu não devia pisar nenhuma daquelas malhas. Eram de luar líquido. Devia saltar por cima delas, e era o que fazia. Dava cada salto! Cheguei a saltar de árvore para árvore. De cima de uma delas até descobri um salão onde as fidalgas andavam a dançar.<br />Lá lá lá...lá lá lá...lá lá lá...Que valsa tão doce e tão agradável! Conhecia-a tão bem!<br />Eles, de calção de seda e de meia alta, elas, *de cauda...<br />Deixem-me dançar também, dizia eu, sem que ninguém me pudesse ouvir. Por fim agarrei-me a uma árvore e pus-me a andar à roda.<br />Mas que vergonha, que vergonha! Descobriram-me!<br />Nisto acordei. <br /><br /></span> <div style="text-align: right;"><span style="font-family: arial; font-size: x-small;"><em>A Gravura </em>faz parte das histórias sobre os <em>Sonhos in </em>«Uma Mão Cheia de Nada Outra de Cousa Nenhuma», </span></div> <div style="text-align: right;"><span style="font-family: arial; font-size: x-small;">Porto, Livraria Figueirinhas, s/d.<br /></span></div> <span style="font-family: arial; font-size: x-small;"><br />Glossário:<br />*alameda - passeio público.<br />*desirmanado - pessoa que se separou (i)da outra pessoa com quem fazia par.(ii) do grupo.<br />*tronquinho - ramo muito pequeno.<br />*trupe - ruído ou barulho.<br />*malhado – manchas.<br />*de cauda - designa o vestido comprido do baile.</span>