Laboratório de Escrita Jornalística, 2009-2010, 1S

Laboratório de Escrita Jornalística, 3.ª edição
Coordenação: Luís Carmelo

O Instituto Camões vai lançar um Laboratório de Escrita Jornalística em regime de formação a distância (CPJ), com coordenação do Prof. Doutor Luís Carmelo, doutorado pela Universidade de Utreque e professor de Seminários de Escrita Criativa em Mestrados e Licenciaturas na Escola Superior de Design (IADE) e na Universidade Autónoma de Lisboa.

O Laboratório de Escrita Jornalística decorrerá inteiramente a distância, através da plataforma de aprendizagem do Instituto Camões.

 

I - Objectivos

Objectivos de diferenciação dos registos oral vs. Escrito - têm em conta a mobilização e a atenção dos formandos para a diferenciação tácita entre o mundo expressivo da oralidade e o mundo expressivo da escrita propriamente dito.

Objectivos de estabilidade dos registos - têm em conta a mobilização dos formandos para aspectos laboratoriais e eminentemente pragmáticos no âmbito da própria fixação do texto a comunicar (seja o meio o texto escrito ou oral).

II - Público-alvo

O Laboratório de Escrita Jornalística destina-se ao universo de jornalistas em língua portuguesa espalhados pelo mundo.

A decisão no que respeita à selecção dos formandos será feita pelo Instituto Camões e é irrevogável.

III - Duração

O Laboratório de Escrita Jornalística terá a duração de 13 semanas, a começar no dia 13 de Outubro de 2009 e a terminar no dia 30 de Janeiro de 2010, com uma interrupção de 21 de Dezembro de 2009 a 4 de Janeiro de 2010, prevendo-se um total de 65 (sessenta e cinco) horas de trabalho por parte dos formandos, ou seja, aproximadamente 5h por semana. No entanto, a carga horária individual dependerá, em grande medida, da prática prévia de construção de materiais pedagógicos e de utilização das ferramentas electrónicas mais generalizadas (de produção de documentos, e-mail, navegação na Internet, etc.), para além da facilidade de aquisição de novas competências tecnológicas.

IV - Organização de conteúdos

O Laboratório de Escrita Jornalística é entendido como formação laboratorial, em regime de formação à distância (online), de acordo com uma perspectiva em que a teoria e o código (a gramática) se constituem como crivo e motor da acção fundamental.

O curso baseia-se em módulos semanais (um Bloco por semana), cada Bloco com uma pequena parte teórica a que se juntam exemplos, adendas e exercícios

Na maior parte do tempo, tornar-se-á, portanto, essencial confrontar os formandos com situações e textos matriciais/indutores, complementados com adendas, exemplos e exercícios, que os conduzam, na prática, a interiorizar os objectivos acima postulados e a aplicar as ferramentas que estes inevitavelmente pressupõem.

Os Módulos que enquadrarão o Laboratório de Escrita Jornalística são os seguintes:

Bloco 1 - A ocorrência, o texto e os media.
1.1 - A ocorrência, o texto e os media: um enquadramento teórico inicial.
1.2 - Exercícios diversos a partir de situações tipificadas.

Bloco 2 - Os componentes do texto a comunicar
2.1 - A frase, a sintaxe e os constituintes frásicos.
2.2 - Exercícios de ordenação a partir de textos indutores (situações de caos, desconstrução e reconstrução de exemplos clássicos e/ou reconhecíveis).

Bloco 3 - A concordância: religar o vivido com o acontecimento textual.
3.1 - A concordância (substantivos, adjectivos e o papel dos advérbios).
3.2 - Exercícios que coloquem em evidência a diferenciação do par adjectivo/ advérbio (recortes de textos dos media, correcções e dramatizações).

Bloco 4 - Os agentes e a sua nomeação: o rigor comunicativo e as práticas espontâneas.
4.1 - Os pronomes: uso e funcionalidades.
4.2 - Exercícios que têm como objectivo diferenciar o uso dos níveis pronominais (indefinidos, interrogativos, relativos, demonstrativos, possessivos, pessoais, etc.)

Bloco 5 - No coração da acção: da simplicidade à complexidade.
5.1 - O verbo, a acção e o coração da frase (enquadramento exemplificado).
5.2 - Exercícios de uso dos verbos simples e auxiliares.

Bloco 6 - O tempo e a acção.
6.1 - Os tempos verbais (o exemplo da narração como leitmotiv).
6.2 - Exercícios de rescrita a partir de permutas temporais.

Bloco 7 - Entre o que se diz e quem diz.
7.1 - As vozes verbais: enquadramento teórico e exemplos.
7.2 - Exercícios de confronto entre o uso da voz activa, passiva e reflexiva.

Bloco 8 - Modos e ambiguidade: entre a certeza, a dúvida e a ordem.
8.1 - Os modos verbais. A atitude do emissor, a mensagem e os mundos possíveis do(s) destinatário(s).
8.2 - Exercícios de aplicação do modo verbal (confronto pragmático entre indicativo, conjuntivo e imperativo).

Bloco 9 - Ligar as acções e conectar o que se diz.
9.1 - O universo das conjunções e a técnica das mediações expressivas.
9.2 - Exercícios práticos em torno do uso das conjunções (recriações, rescritas de textos clássicos, correcções e práticas de preenchimento).

Bloco 10 - Separar o trigo do joio na arena comunicacional.
10.1 - Subordinação e coordenação: dois mundos expressivos.
10.2 - Exercícios que visam a separação entre o principal e o acessório (dramatizações, reposição de situações do vivido, representações e rescritas).

Bloco 11 - Coordenar acções: do vivido ao texto; da imaginação à literatura.
11.1 - Funções e tipos de coordenação: o contexto e as funcionalidades.
11.2 - Exercícios que têm como objectivo identificar a lógica do mundo da coordenação (passando por todas as tipologias sindéticas e pela inscrição assindética, esta última ilustrada com exemplos da polifonia literária contemporânea).

Bloco 12 - A hierarquia e a força elocutória.
12.1 - A subordinação e a expressão hierarquizada.
12.2 - Exercícios de aplicação dos diversos tipos de encadeamento subordinado.

Bloco 13 - Não há regra sem excepção.
13.1 - O universo das excepções: os verbos irregulares.
13.2 - Exercícios em torno de situações com carácter de excepção.
13.3 - Exercícios que têm como objectivo confrontar o formando com situações excepcionais de regência, próprias de alguns verbos transitivos (assistir, chamar, ensinar, esquecer, interessar, lembrar, responder, visar, etc.).

V - Número de formandos por turma

O número máximo de formandos será de 15 (quinze).

VI - Avaliação e atribuição de certificado de participação

Na última semana do Laboratório de Escrita Jornalística, os participantes e o coordenador avaliarão os processos de aprendizagem, utilizando-se para esse efeito uma avaliação essencialmente qualitativa.
Aos participantes será atribuído um certificado.

VII - Preço do curso

A frequência do Laboratório de Escrita Jornalística implica o pagamento de 250 EUR (duzentos e cinquenta euros). Para os formandos ligados a organismos com os quais o Instituto Camões tem protocolos de cooperação, haverá uma redução especial sobre o preço indicado.
O pagamento será feito através de transferência bancária. O número da conta para depósito será enviado aos candidatos que forem seleccionados. Uma vez efectuado o pagamento, não há lugar a reembolso.

VIII - Processo de candidatura

Os candidatos à frequência do Laboratório de Escrita Jornalística deverão preencher o formulário que está disponível na página do Centro Virtual Camões, até ao dia 30 de Setembro de 2009, impreterivelmente.