Azulejo em Portugal:
suporte de tolerância entre o exotismo e a sensualidade
AZULEJO é um elemento identificativo da Cultura portuguesa, revelando algumas das suas matrizes profundas:
1. A capacidade de diálogo com outros Povos, evidente pelo gosto por Exotismos em que aos temas de uma cultura europeia se misturam, por exemplo, os das culturas árabes e indianas.
2. Um expedito sentido prático, revelado no uso de um material convencionalmente pobre, o azulejo, como meio de qualificação estética dos espaços interiores dos edifícios e dos espaços urbanos.
3. Uma específica sensibilidade que em Portugal se orienta mais para valores de Sensualidade do que de Conceito, manifesta logo pela preferência de um material colorido, reflector de luz, pela expressão imediata da pintura, e a escolha das próprias imagens mais centrada na descrição do real.
Refeitório do Convento de São João, Museu de Aveiro,
primeira metade do século XVII.
foto: José Rúbio (DDF-IPM)
Registo com «Nossa Senhora do Carmo», Fabrico de Coimbra, 1770 · 1780,
MNA inv. 6111.
foto: José Pessoa (DDF-IPM)
«História do Chapeleiro»,
c. 1800, MNA inv. 227f.
foto: (DDF-IPM)
Frontal de altar,
primeira metade do século XVII, MNA inv. 133.
foto: Francisco Matias (ANF-IPM)
© Instituto Camões, 2000