Século XVIII
O Rocócó
m meados do século dão-se mudanças no gosto da sociedade portuguesa com a adopção de uma gramática decorativa influenciada pelo estilo Regência francês, mas sobretudo pelo Rocócó, através de gravuras provenientes da Europa central.
A preferência por formas orgânicas cujo exemplo típico é o concheado irregular, verifica-se em composições delicadas onde os efeitos decorativos são alcançados pelo emprego de dois tons contrastantes de azul, e depois pelo uso de várias cores.
Os painéis figurativos da época mostram, maioritariamente, cenas galantes e bucólicas, vindas de gravuras de Watteau.
O Terramoto que destruiu Lisboa em 1755 obrigou à reconstrução da cidade sendo para esse efeito recuperada a padronagem como meio capaz de animar uma Arquitectura que, pela urgência da reedificação, se tornara muito depurada e funcional. Este tipo de azulejo ficou conhecido como pombalino, designação proveniente do nome do ministro do rei D. José I (r. 1750-1777), responsável pela reconstrução de Lisboa, o Marquês de Pombal.
A par dos temas religiosos nas igrejas, tiveram grande divulgação pequenos painéis de devoção ou registos, colocados nas fachadas dos edifícios como protecção contra as grandes catástrofes.
Palácio do Marquês de Pombal,
Casa da Pesca, Oeiras, terceiro quartel do século XVIII.
foto: Nicolas Lemonnier
Palácio dos Condes de Mesquitela,
Lisboa, terceiro quartel do século XVIII.
foto: Nicolas Lemonnier
Quinta dos Azulejos,
Lisboa, terceiro quartel do século XVIII.
foto: Nicolas Lemonnier
Padrão decorativo «pombalino»,
ca. 1760 · 1780, MNA inv. 914.
fotografía: José Pessoa (DF-IPM)
Pormenor do «Casamento da Galinha»,
c. 1665, MNA inv. 400.
foto: José Pessoa (DDF-IPM)
© Instituto Camões, 2000