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Arca de Noé e Livro de Jonas

by Biblia Sagrada

Arca de Noé e Livro de Jonas

Bíblia Sagrada

A publicação da tradução dos textos Arca de Noé e Livro de Jonas, extraídos de Bíblia Sagrada, foi gentilmente autorizada pela Difusora Bíblica.

© 1996, Parque EXPO 98. S.A.

ISBN 972-8127-36-7

Lisboa, Julho de 1996

Versão para dispositivos móveis:

2009, Instituto Camões, I.P.

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ARCA DE NOÉ

(GÉNESIS 5,1-8,22)

5. Patriarcas Anteriores ao Dilúvio

Este é o livro das gerações nascidas de Adão. Quando Deus criou o Homem, fê-lo à semelhança de Deus. Criou-os varão e fêmea, e abençoou-os. Deu-lhes o nome de Homem no dia em que os criou.

Com cento e trinta anos, Adão gerou um filho à sua imagem e semelhança, e pôs-lhe o nome de Set. Após o nascimento de Set, Adão viveu oitocentos anos, e gerou filhos e filhas. Ao todo, a vida de Adão foi de novecentos e trinta anos. Depois morreu.

Set, de cento e cinco anos, gerou Enós. Depois do nascimento de Enós, Set viveu ainda oitocentos e sete anos, e gerou filhos e filhas. Ao todo, a vida de Set foi de novecentos e doze anos; depois, morreu.

Enós, de noventa anos, gerou Cainan. Após o nascimento de Cainan, Enós ainda viveu oitocentos e quinze anos, e gerou filhos e filhas. Ao todo, a vida de Enós foi de novecentos e cinco anos; depois morreu.

Cainan, de setenta anos, gerou Mahalalel. Após o nascimento de Mahalalel, Cainan viveu ainda oitocentos e quarenta anos, e gerou filhos e filhas. Ao todo a vida de Cainan foi de novecentos e dez anos; depois, morreu.

Mahalalel, de sessenta e cinco anos, gerou Jered. Após o nascimento de Jered, Mahalalel viveu ainda oitocentos e trinta anos, e gerou filhos e filhas. Ao todo, a vida de Mahalalel foi de oitocentos e noventa e cinco anos; depois morreu.

Jered, de cento e sessenta e dois anos, gerou Henoc. Depois do nascimento de Henoc, Jered viveu ainda oitocentos anos, e gerou filhos e filhas. Ao todo, a vida de Jered foi de novecentos e sessenta e dois anos; depois morreu.

Henoc, de sessenta e cinco anos, gerou Matusalém. Após o nascimento de Matusalém, Henoc andou na presença de Deus durante trezentos anos, e gerou filhos e filhas. Ao todo, a vida de Henoc foi de trezentos e sessenta e cinco anos. Henoc andou na presença de Deus, e desapareceu, pois Deus levou-o.

Matusalém, de cento e oitenta e sete anos, gerou Lamec. Após o nascimento de Lamec, Matusalém viveu ainda setecentos e oitenta e dois anos, e gerou filhos e filhas. Ao todo, a vida de Matusalém foi de novecentos e sessenta e nove anos; depois morreu.

Lamec, de cento e oitenta e dois anos, gerou um filho, ao qual deu o nome de Noé, dizendo: «Este aliviar-nos-á dos nossos sofrimentos e do trabalho doloroso das nossas mãos, com os proventos auferidos da terra que o Senhor amaldiçoou.» Depois do nascimento de Noé, Lamec ainda viveu quinhentos e noventa e cinco anos, e gerou filhos e filhas. Ao todo, a vida de Lamec foi de setecentos e setenta e sete anos; depois morreu.

Com a idade de quinhentos anos, Noé gerou Sem, Cam e Jafet.

6.

Quando os homens começaram a multiplicar-se sobre a terra, e deles nasceram filhas, os filhos de Deus, vendo que as filhas dos homens eram belas, escolheram entre elas as que bem quiseram para mulheres. Então, o Senhor disse: «O Meu espírito não permanecerá indefinidamente no homem, pois o homem é carne, e os seus dias não ultrapassarão os cento e vinte anos.» Naquele tempo, havia gigantes na terra, e também depois, quando os filhos de Deus se uniram às filhas dos homens e delas tiveram filhos. Foram esses os famosos heróis dos tempos remotos.

Corrupção da humanidade

O Senhor reconheceu que a maldade dos homens era grande na terra, que todos os seus pensamentos e desejos tendiam sempre e unicamente para o mal. O Senhor arrependeu-Se de ter criado o homem sobre a terra, e o Seu coração sofreu amargamente. E o Senhor disse: «Eliminarei da face da terra o homem que Eu criei, e, juntamente com o homem, os animais domésticos, os répteis e as aves dos céus, pois estou arrependido de os ter feito.» Noé, porém, achou graça aos olhos do Senhor.

Este é o relato da descendência de Noé. Noé era um homem justo e perfeito entre os homens do seu tempo, e andava sempre com Deus. Noé teve três filhos: Sem, Cam e Jafet.

A terra estava corrompida diante dos olhos de Deus, e cheia de iniquidade. Deus olhou para a terra e viu que ela estava corrompida, pois toda a carne seguia, na terra, a senda da corrupção.

A arca

Então Deus disse a Noé: «O fim de todos (os homens) chegou diante de Mim, pois encheram a terra de iniquidades. Vou exterminá-los, assim como à terra. Constrói uma arca de madeiras resinosas. Dividi-la-ás em compartimentos e calafetá-la-ás com betume por fora e por dentro. Hás-de fazê-la desta maneira: o comprimento será de trezentos côvados, a largura de cinquenta côvados; e a altura, de trinta côvados. Ao alto, farás nela uma janela à qual darás a dimensão de um côvado. Colocarás a porta da arca a um lado, construirás nela um andar inferior, um segundo e um terceiro andar, pois vou lançar um dilúvio, que tudo inundando, eliminará debaixo do céu todo o ser animal, com sopro de vida. Tudo quanto existe na terra perecerá. Contigo, porém, farei a Minha aliança: entrarás na arca com os teus filhos, a tua mulher e as mulheres dos teus filhos. De tudo o que tem vida, de todos os animais, levarás para a arca dois de cada espécie, para os conservares vivos junto de ti: um macho e uma fêmea. De cada espécie de aves, de cada espécie de quadrúpedes, e de cada espécie de animais que rastejam pela terra, um casal virá ter contigo para que lhe conserves a vida. Recolhe tudo quanto há de comestíveis, armazena-os, a fim de te servirem de alimento, assim como a eles.»

Noé começou a trabalhar; executou tudo o que lhe fora ordenado por Deus.

7.

O Senhor disse, depois, a Noé: «Entra na arca, tu e toda a tua casa, porque só a ti reconheci como justo a Meus olhos, nesta geração. De todos os animais puros levarás contigo sete pares, o macho e a fêmea; dos animais que não são puros, levarás um par, o macho e a sua fêmea; das aves do céu, também sete pares, macho e fêmea, a fim de conservares a raça delas viva sobre a terra. Porque dentro de sete dias, vou mandar chuva sobre a terra durante quarenta dias e quarenta noites, e exterminarei na superfície de toda a terra todos os seres viventes que Eu fiz». E Noé cumpriu tudo quanto o Senhor lhe ordenara.

Noé tinha seiscentos anos quando o dilúvio caiu sobre a terra. Para fugir à inundação, entrou na arca com os filhos, a mulher e as mulheres dos seus filhos. Dos animais puros e daqueles que não são puros, das aves e de todos os seres que andam de rojo sobre a terra, entraram com Noé na arca, dois a dois, um macho e uma fêmea, como Deus tinha ordenado a Noé. Ao cabo de sete dias, as águas do dilúvio espalharam-se sobre a terra.

Tendo Noé seiscentos anos de vida, no segundo mês, no dia dezassete do mesmo mês, nesse dia romperam-se todas as fontes do grande abismo, e abriram-se as cataratas do céu. A chuva caiu sobre a terra durante quarenta dias e quarenta noites. Naquele mesmo dia, Noé entrou na arca com Sem, Cam e Jafet, seus filhos, sua mulher e as três mulheres dos seus filhos; juntamente com eles, entraram os animais selvagens segundo as suas espécies, os animais domésticos segundo as suas espécies, os répteis que se arrastam pela terra segundo as suas espécies e todos os animais voláteis, todas as aves, tudo quanto possui asas, segundo as suas espécies. Entraram com Noé na arca, dois a dois, todas as espécies de seres animados por sopro de vida. De toda a carne e de cada espécie entrou o macho e a fêmea, como Deus havia ordenado a Noé. Depois, o Senhor fechou a porta atrás dele.

Inundação

Choveu torrencialmente durante quarenta dias sobre a terra. As águas cresceram e levantaram a arca, que foi elevada por sobre a terra. As águas iam sempre crescendo, engrossando e subiram muito acima da terra, e a arca flutuava à superfície das águas. A enchente aumentava cada vez mais, e tanto que cobriu todos os altos montes existentes sob os céus; as águas ultrapassaram quinze côcados o vértice dos montes por elas cobertos. Todas as criaturas que se moviam na terra pereceram; as aves, animais domésticos, animais selvagens, tudo o que rastejava pela terra, todos os homens, e tudo quanto, sobre a terra firme, estava animado com um sopro de vida.

Foram assim exterminados todos os seres viventes que se encontravam à superfície da terra, desde os homens até aos quadrúpedes, aos répteis e aves dos céus. Desapareceram da face da terra, exceptuando Noé e o que se encontrava com ele na arca. As águas estiveram altas sobre a terra durante cento e cinquenta dias.

8.

Deus recordou-Se de Noé e de todos os animais, tanto domésticos como selvagens, que estavam com ele na arca. Por isso, Deus mandou um vento sobre a terra e as águas começaram a descer. As fontes do abismo e as cataratas dos céus foram encerradas, a chuva parou de cair do céu. As águas retiraram-se gradualmente da terra e começaram a diminuir ao fim de cento e cinquenta dias. No dia dezassete do sétimo mês, a arca poisou sobre os montes de Ararat. As águas foram decrescendo até ao décimo mês. No primeiro dia do décimo mês emergiram os cumes das montanhas.

Decorridos quarenta dias, Noé abriu a janela que havia feito na arca e soltou um corvo que saiu repetidas vezes enquanto iam secando as águas sobre a terra. Depois soltou uma pomba, a fim de verificar se as águas tinham diminuído à superfície da terra. Mas, não tendo encontrado sítio para poisar, a pomba regressou à arca, para junto dele, pois as águas cobriam ainda a superfície da terra. Estendeu a mão, agarrou-a e meteu-a na arca. Aguardou sete dias, depois soltou novamente a pomba, que voltou para junto dele, à tarde, trazendo no bico uma folha verde de oliveira. Noé soube, então, que as águas tinham baixado sobre a terra. Aguardou ainda mais sete dias, depois tornou a soltar a pomba, mas, desta vez, ela não regressou mais para junto dele.

A arca em terra

No ano seiscentos e um, no primeiro dia do primeiro mês, as águas começaram a secar sobre a terra. Noé abriu o tecto da arca e viu que a superfície da terra estava seca. No vigésimo sétimo dia do segundo mês, a terra estava seca.

Deus, então, disse a Noé: «Sai da arca com a tua mulher, os teus filhos e as mulheres dos teus filhos. Retira também da arca os animais de toda a espécie que estão contigo, as aves, os quadrúpedes, os répteis todos que rastejam pela terra, a fim de se espalharem pela terra: e sejam fecundos e multipliquem-se sobre a terra.»

Noé saiu com os seus filhos, a sua mulher e as mulheres dos seus filhos. Todos os animais selvagens, todos os répteis, todas as aves, todos os seres que se movem sobre a terra, segundo as suas espécies também saíram da arca.

Noé construiu um altar ao Senhor e, de todos os animais puros e de todas as aves puras, ofereceu holocaustos no altar. O Senhor sentiu o agradável odor e disse no Seu coração: «De futuro não amaldiçoarei mais a terra por causa do homem, dado que as tendências do coração humano são más, desde a juventude, e não voltarei a castigar os seres vivos, como fiz. Enquanto subsistir a terra, haverá sempre a sementeira e a colheita, o frio e o calor, o Verão e o Inverno, o dia e a noite.»

LIVRO DE JONAS

1. Jonas Enviado a Nínive

A palavra do Senhor foi dirigida a Jonas, filho de Amitai, nestes termos: «Levanta-te, vai a Nínive, a grande cidade, e anuncia-lhes que a sua maldade subiu até à Minha presença.» Jonas, porém, pôs-se a caminho, na direcção de Társis, fugindo da face do Senhor. Desceu a Jafa, onde encontrou um navio que partia para Társis; pagou a sua passagem e embarcou nele para ir com os outros passageiros a Társis, longe da face do Senhor.

A tempestade

Porém, o Senhor fez vir sobre o mar um vento impetuoso e levantou no mar uma tão grande tempestade que a embarcação ameaçava despedaçar-se. Cheios de medo, os marinheiros puseram-se a invocar cada um o seu deus, e alijaram ao mar toda a carga do navio para o aliviarem. Entretanto, Jonas tinha descido ao porão do navio e, deitando-se ali, dormia profundamente. O capitão do navio foi ter com ele e disse-lhe: «Dormes? Que fazes aqui? Levanta-te, invoca o teu Deus, a ver se porventura Se lembra de nós e nos livra da morte.» Em seguida disseram uns para os outros: «Vinde e deitemos sortes, para sabermos quem é a causa deste mal.» Lançaram sortes e caiu a sorte sobre Jonas. Então disseram-lhe: «Dize-nos por que nos aconteceu este mal. Qual é a tua profissão? Donde vens? Qual a tua terra e a que povo pertences?» Ele respondeu-lhes: «Sou hebreu e adoro o Senhor, Deus do céu, que fez os mares e a terra.» Então aqueles homens ficaram possuídos de grande medo, e disseram-lhe: «Por que fizeste isto?» Com efeito compreenderam, ao ouvirem a confissão de Jonas, que ele ia fugindo do Senhor. Disseram-lhe: «Que te havemos de fazer, para que o mar se nos acalme?» Porque o mar se embravecia cada vez mais. Ele respondeu-lhes: «Pegai em mim e lançai-me ao mar e o mar se acalmará, porque sei que por minha causa é que vos sobreveio esta grande tempestade.»

Lançado ao mar

Os homens remavam para ver se conseguiam ganhar a terra, mas em vão, porque o mar cada vez mais se embravecia contra eles. Então clamaram ao Senhor, dizendo: «Senhor, não nos façais perecer por causa da vida deste homem, nem nos torneis responsáveis do sangue inocente, porque Vós, ó Senhor, fizestes como foi do Vosso agrado.» Depois pegaram em Jonas e lançaram-no ao mar, e a fúria do mar acalmou-se. Então estes homens temeram o Senhor, ofereceram-Lhe sacrifícios e fizeram-Lhe votos.

2. Jonas no Ventre de um Peixe

O Senhor fez que ali houvesse um grande peixe para engolir Jonas; e Jonas esteve três dias e três noites no ventre do peixe. Jonas fez esta oração ao Senhor, seu Deus, do ventre do peixe, dizendo: «Na minha aflição invoquei o Senhor, e Ele ouviu-me. Clamei a Vós do meio da morada dos mortos, e ouvistes a minha voz. Lançastes-me ao abismo, ao seio dos mares, e as correntes das águas envolveram-me. Todas as Vossas vagas e todas as Vossas ondas passaram por cima de mim. E eu já dizia: “Fui rejeitado de diante dos Vossos olhos. Acaso me será dado ver ainda o Vosso santo Tempo?” As águas cercaram-me até ao pescoço, o abismo envolveu-me; as algas pegavam-se-me à minha cabeça; desci até às raízes das montanhas, até à terra cujos ferrolhos eternos (se fecharam) sobre mim. Mas Vós, Senhor meu Deus, salvastes a minha alma do sepulcro. Quando desfalecia a minha alma, lembrei-me do Senhor; a minha oração chegou até Vós, no Vosso santo Templo.

Os que se entregam a ídolos vãos, abandonam o que para eles é a fonte das graças. Eu, porém, oferecer-Vos-ei sacrifícios com cânticos de louvor, e cumprirei os votos que Vos fiz. Do Senhor vem a minha salvação.» Então o Senhor ordenou ao peixe, e este vomitou Jonas na praia.

3. Jonas em Nínive

A palavra do Senhor foi dirigida pela segunda vez a Jonas, nestes termos: «Levanta-te e vai a Nínive à cidade grande e apregoa nela o que Eu te ordenar.»

Jonas levantou-se e foi a Nínive, segundo a ordem do Senhor. Nínive era uma grande cidade diante de Deus, que distava três dias de caminho. Jonas foi pela cidade, durante todo o dia, e clamava, dizendo: «Daqui a quarenta dias Nínive será destruída.» Os ninivitas creram em Deus, ordenaram um jejum e vestiram-se de saco desde o maior ao menor. A nova chegou ao conhecimento do rei de Nínive; ele levantou-se do seu trono, tirou o seu manto, cobriu-se de saco e sentou-se sobre a cinza. Em seguida, foi publicado na cidade, por ordem do rei e dos príncipes, este decreto: «Os homens e os animais, os bois e as ovelhas não comam nada, não sejam levados a pastar nem bebam água. Os homens e os animais cubram-se de sacos, e clamem a Deus com força; cada um se converta do seu mau caminho e da violência que há nas suas mãos. Quem sabe se Deus não Se virá a arrepender e acalmará o ardor da Sua ira, de sorte que não pereçamos?» Deus viu as suas obras, como se convertiam do seu mau caminho, e, arrependendo-Se do mal que tinha resolvido fazer-lhes, não lho fez.

4. Deus Repreende Jonas

Jonas ficou profundamente aborrecido com isto e muito irritado. Orou ao Senhor, nestes termos: «Ah! Senhor! Porventura não é isto que eu dizia quando ainda estava na minha terra? Por isso é que, precavendo-me, quis fugir para Társis, porque sabia que sois um Deus misericordioso e clemente, paciente, cheio de bondade e pronto a renunciar aos Vossos castigos. Agora, Senhor, matai-me, peço-Vos, porque é melhor para mim a morte que a vida.» O Senhor respondeu-lhe: Julgas que tens razão para te afligires assim?» Jonas saiu da cidade e sentou-se ao oriente da mesma cidade.

Ali fez para si uma cabana e sentou-se à sombra, para ver o que aconteceria na cidade. O Senhor Deus fez crescer um rícino, que se levantou acima de Jonas, para fazer sombra à sua cabeça e o proteger do calor. Jonas alegrou-se grandemente por aquele rícino. Ao outro dia, porém, ao romper da manhã, enviou Deus um verme que roeu as raízes do rícino, e este secou. Quando o Sol se levantou, Deus fez soprar um vento quente do oriente, e o sol dardejou os seus raios sobre a cabeça de Jonas, de forma que ele, desfalecido, desejou a morte e disse: “Melhor é para mim morrer do que viver.» Então o Senhor disse a Jonas: ”Julgas tu que tens razão para te enfadares por causa deste rícino?» Jonas respondeu: “Sim, tenho razão de me enfadar até desejar a morte.» Disse-lhe o Senhor: ”Sentes pena de um rícino que te não custou trabalho algum para o fazer crescer, que nasceu numa noite e numa noite feneceu; e então, não hei-de compadecer-Me da grande cidade de Nínive, onde há mais de cento e vinte mil pessoas, que não sabem discernir entre a sua mão direita e a sua mão esquerda, e um grande número de animais?»