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A conflitualidade social e institucional em São Tomé ao longo do século XVI


Luís da Cunha Pinheiro
Centro de História de Além-Mar - Universidade Nova de Lisboa


A conflitualidade é uma marca indelével que perpassa por toda a história de São Tomé. Os conflitos entre os diversos grupos sociais e populacionais, bem como entre os diversos pólos de poder, quer religiosos, quer político-administrativos, perpetuaram-se ao longo dos séculos.
Para a concretização do seu povoamento recorreu-se a dois grupos populacionais distintos, o europeu e o africano. O primeiro era constituído por uma grande variedade de indivíduos, os homens livres, os degredados e algumas crianças judias, e o segundo pelos escravos resgatados na costa africana e por alguns africanos livres. Apesar dos europeus serem minoritários dominavam a sociedade, dispunham de meios e recursos financeiros e controlavam o poder administrativo e económico.
Resultante da miscigenação incentivada, desde os primeiros tempos, pela coroa surgiu um terceiro grupo, o dos mulatos ou pardos. Estes foram, progressivamente, desempenhando um papel cada vez mais interventivo e importante na sociedade santomense, nomeadamente ao nível económico. Mas não eram reconhecidos socialmente e a sua parti­cipação na administração era restrita. Ao serem discriminados muitos procuravam, pela força, alterar essa situação. Desde os primeiros tempos que a coroa incentivou o cultivo da cana-de-açúcar. Os trabalhos associados a esta cultura e à produção do açúcar eram realizados pelos escravos nas fazendas e nos engenhos. Os conflitos entre os escravos e os seus senhores eram os mais comuns, traduzindo-se na resistência, na fuga para o mato, em revoltas, na destruição das plantações e na morte dos senhores ou dos seus representantes.
Para além dos trabalhos desenvolvidos nas fazendas os escravos eram também uma importante força para os seus senhores, que os utilizavam para impor a sua força política e para se oporem às autoridades administrativas. De acordo com Jácome Leite os escravos eram a «principal cousa nesta terra» pelo que «posto um homem na sua fazenda ou no mato fica quase isento de todas as leis». Para além dos conflitos atrás referidos existiam também os de cariz institucional, envolvendo todas as autoridades da ilha, os governadores, a Câmara, o ouvidor, o bispo e o cabido. Eram causados essencialmente por questões de ingerência de jurisdição e de cariz económico-financeiro, pois todos procuravam a melhor forma de enriquecer. Perante tamanha animosidade as revindictas pessoais eram comuns, a autoridade contestada por todos e a estrutura administrativa caótica.

À Conquista de Ceuta

AconquistadeCeuta.jpgÀ Conquista de Ceuta

Colecção «A Aventura dos Descobrimentos» - EXPRESSO
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A construção do passado em História Geral do Brasil


Helena Mollo
Universidade Federal de Tocatins


Na elaboração de História geral do Brasil, seu autor, Francisco Adolfo de Varnhagen, se debruça sobre o passado e elabora cerca de quatro séculos de história para o País ainda recentemente formado. Os três primeiros séculos da história do Brasil são tratados, nesta obra, sem que seu autor caracterize cada um deles através de suas especificidades temáticas, dando-lhes o contorno de período de formação, para que então acontecimentos do Oitocentos tenham lugar. Contudo, a escolha pela periodização, em primeiro lugar, e pelos assuntos tratados neste período de tempo, em segundo, faz com que as escritas anteriores sobre o Brasil apareçam como as principais fontes desta obra.
O objectivo da presente comunicação é analisar como são desenhados, em História geral do Brasil, os séculos precedentes à Independência e qual a leitura do historiador oitocentista sobre os cronistas que lhe antecedem.

A contenção e o excesso: bebida, embriaguez e identidades étnicas no Brasil holandês (1630-1654)


João Azevedo Fernandes
Universidade Federal Fluminense


Durante o período do domínio holandês no Brasil (1630-1654), dois sistemas coloniais de poder se chocaram, com consequências políticas cruciais para a história luso-brasileira. No seio deste conflito, diferentes modos de vida e diversas configurações culturais também entraram em choque, e isto fica patente quando se comparam as formas pelas quais os luso-brasileiros e os neerlandeses consumiam as bebidas alcoólicas e como viviam a experiência da embriaguez. Os documentos e relatos do período são bastante explícitos quanto ao fato de que os dois lados se identificavam com distintos regimes etílicos, distinções que se construíam em torno de noções de contenção" e de "excesso", e que permitiam aos contendores situarem-se, étnica e culturalmente, em um contexto extremamente dinâmico, e profundamente afectado pela situação colonial.
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A crítica camoniana no séc. XVII

BB64A crítica camoniana no séc. XVII
Maria Lucília Gonçalves Pires | PDF
ICALP - Colecção Biblioteca Breve - Volume 64
1982

A dama pé-de-cabra

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Título: A dama pé-de-cabra

Autor: Alexandre Herculano

Biblioteca Online do Conto

Contos e Novelas Portuguesas do Século XIX

A derradeira expansão da fronteira: a conquista «definitiva» dos Sete Povos das Missões - 1801


Elisa Fruhauf Garcia
Universidade Federal Fluminense


Em 1801, os Sete Povos das Missões situados na margem oriental do rio Uruguai foram incorporados definitivamente à América portuguesa. Aproveitando-se da conjuntura de guerra europeia, alguns súbditos do Rei Fidelíssimo atacaram os Sete Povos e os anexaram ao Rio Grande de São Pedro. Com esta anexação, a Capitania do Rio Grande mais que duplicou as suas dimensões territoriais, adquirindo, grosso modo, seus contornos actuais. Além dos ganhos territoriais, também foram incorporados cerca de 14.000 vassalos à Coroa portuguesa e um património em rebanhos e benfeitorias bastante considerável. No entanto, segundo os relatos da época, foi a grande adesão dos missioneiros que tornou possível esta mudança de soberania. Nesta comunicação, pretendo enfocar os motivos que levaram os índios a desejarem esta mudança, abordando como se deram os relacionamentos entre estes e os colonos luso-brasileiros, pois esta \\\"conquista\\\" foi fruto mais de acordos e de diálogos, do que de enfrentamentos bélicos directas.

A Derrota - Manuel Durão

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Título: A Derrota

Compositor: Manuel Durão

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Editora: Centro de Informação da Música Portuguesa

Referência da Edição: MD0002

Data: 2008-04-14

Localidade: Parede

País: Portugal

Endereço de correio electrónico: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.

URL: http://www.mic.pt

Edição: 1.ª Edição

A Deusa Visível - José Mesquita Lopes

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Obra: A Deusa Visível

Compositor: José Mesquita Lopes

Editora: Centro de Investigação &%% Informação da Música Portuguesa

Data: 1990

URL: http://www.mic.pt

A Dimensao Cultural da Politica Externa Portuguesa: da Década de 90 à Actualidade

A Dimensão Cultural da Política Externa Portuguesa: da Década de 90 à Actualidade
Ana Filipa Teles


Dissertação para a obtenção de grau de Mestre em ensino de Português como Língua Segunda / Língua Estrangeira.
Universidade Nova de Lisboa - FCSH - Departamento de Estudos Portugueses Lisboa, Maio de 2009

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A disponibilização de um conjunto de textos e documentos de grande relevância cultural e linguística insere-se na missão do Instituto Camões: A promoção da língua e cultura portuguesas, de que se vem ocupando desde 1929.

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