|
|
Vamos visitar e conhecer o centro histórico, entrando por uma das pontes desta cidade: a ponte D.Luís.
|
|
Observe atentamente a cidade que parece sempre em festa: os barcos, as casas «apinhoadas» e irregulares de granito, o tom escuro... É uma cidade histórica!
|
|
Chegámos. Vamos ler o que o nosso guia diz sobre o Porto.
|
|
O ambiente, a bruma, os cheiros são muito característicos e antigos. Começamos a perceber como é que existem tantos textos poéticos sobre esta cidade. Teixeira de Pascoaes (poeta e pensador do início do século XX) escreveu um poema onde expressa a saudade de um outro tempo. O Porto é evocado neste excerto:
«Porto da minha infância!
A primeira impressão que me causaste
Tenho-a, cheia de espanto, na memória,
Cheia de bruma e de granito!
É uma impressão de inverno,
Sombra cinzenta, enorme, donde irrompe
Alto cipreste empedernido,
No meio de sepulcros habitados.»
Almada Negreiros, no romance Nome de Guerra, publicado em 1938, transpõe a realidade paisagística para a ficção e apresenta um cenário da zona ribeirinha muito semelhante àquele que estamos a ver agora:
«O cenário onde isto se passou é dos mias pitorescos que os meus olhos viram: a Ribeira, ou a Ribeira Velha, creio eu que lhe chamam. É um cais sobre o Douro, perto da ponte de D.Luís. Todo o aspecto em redor é pesado e amontoado, conforme o carácter da cidade, Desde aquele cais a cidade sobe sempre em todas as direcções até à Torre dos Clérigos. Na outra margem a ascensão igualmente à de cá, de modo que o rio parece ter metido pelo mais alto de um monte que ficou dividido. Tudo isto faz que o cais nos dê a estúpida impressão de estar enterrado. Lembro-me de umas interessantíssimas casa cujos alicerces se advinham por causa da solidez com que as suas fachadas intimam os nosso olhos. Julgo serem vermelhas ou foi a impressão violenta da cor que me deixaram. Do que bem me lembro é dos arcos em vez de portas e de umas janelas que pareciam desviadas dos seus respectivos lugares.»
|
|
Propomos, então, começar pela zona histórica da Ribeira e percorrer as ruas estreitas rodeadas de casas pequenas e coloridas perto do cais.
Primeiro a Sé-Catedral, de estilo românico, datando do século XII.
Depois, a Igreja de S. Francisco, situada na rua da Alfândega (do século XIV).
A seguir, o Palácio da Bolsa, considerado um dos mais belos edifícios do século XIX que o Porto possui.
Com a orientação do nosso roteiro, faremos uma visita interessante!
|
|
Finalmente, chegámos à famosa Torre dos Clérigos. Aqui sugerimos que pare para descansar e tirar umas fotografias (que serão reveladas no fim deste percurso).
Como estamos perto da Livraria Lello & Irmão, propomos uma pausa para conhecer esta livraria que foi inaugurada no princípio do século XX. Depois de apreciar a decoração e o ambiente, sugerimos que procure a obra de Agustina Bessa Luís . Esta autora contemporânea retrata, em muitos dos seus livros, os ambientes piscológicos das famílias tradicionais do norte do país (e que o realizador Manoel de Oliveira adaptou para cinema).
|
|
Mas há outros autores do século XX que estão associados à cidade do Porto como, por exemplo, José Régio, um grande poeta, ficcionista, dramaturgo, ensaísta e crítico. Não nos podemos esquecer da poetisa e contista Sophia de Mello Breyner Andresen, que ganhou, em 1999, o Prémio Camões.
Finalmente, sugerimos que consulte a obra de Eugénio de Andrade. Mas, antes de comprar um livro deste poeta, aconselhamos uma visita à Fundação Eugénio de Andrade.
|
|
Está na hora de regressarmos e de mandarmos revelar as nossas fotografias.
|
|
De facto, esta visita foi marcante. As pequenas descobertas que fomos fazendo abriram caminhos para sentir e conhecer esta cidade de múltiplas formas. O escritor José Rodrigues Miguéis, depois de uma visita ao Porto, disse que ficara com muitas imagens gravadas «na retina da-i-alma.».
Ficámos com a mesma sensação. Informados da programação cultural da cidade, poderemos voltar em qualquer altura.
|
|
|