O conhecimento e controlo da poluição difusa assume crescente importância na preservação da qualidade dos recursos
hídricos, nomeadamente dos superficiais. Em alguns países a poluição difusa tem sido considerada como o principal factor
impeditivo do alcance de níveis ambientalmente adequados de qualidade da água.
Em Portugal, para as bacias que drenam áreas que não são muito industrializadas, este tipo de poluição, quando
comparado com a poluição tópica, tem-se revelado muito mais penalizante, nomeadamente em termos de nutrientes e de poluição
microbiológica afluentes à rede hidrográfica. Acresce que se tem constatado ser este tipo de poluição de muito maior dificuldade
de redução.
(http://www.aprh.pt/congressoagua2002/pdf/r_51.pdf)
Nas conclusões, o estudo refere que «constatou-se que a largura do leito das pequenas linhas de água, que correm para a
Ria de Aveiro, tem vindo a ser reduzida pelo desenvolvimento viário e urbano que se verifica no concelho de Aveiro. As importantes
áreas húmidas destes vales, além do seu valor como habitat, podem ter um papel importante na regulação dos caudais de ponta
de cheia». No que se refere à qualidade da água «constatou-se que não ocorre poluição tópica muito acentuada, mas que a poluição
não pontual tem impacto sobre a qualidade da água. A situação presente permite considerar a utilização das linhas de água
para fins recreativos, mas sem contacto directo».
(http://uaonline.ua.pt/detail.asp?lg=pt&c=8819)
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