A iluminação artificial é indispensável na sociedade moderna, incluindo a iluminação de ruas, estradas
e espaços públicos, a iluminação de segurança (faróis, aviso a aviões, etc.) e a iluminação que beneficia o
aspecto e a segurança dos edifícios.
O uso crescente da luz artificial pode, no entanto, causar problemas. (...)
A poluição luminosa é responsável pela alteração de ritmos biológicos de várias espécies, sobretudo
das que têm actividade nocturna. Ao alterar comportamentos de alimentação, reprodução ou migração a poluição
luminosa produz desequilíbrios que podem afectar ecossistemas inteiros.
Estes são alguns exemplos de impactos negativos associados à poluição luminosa: (...)
Muitas espécies de aves, em particular as não planadoras, migram sobretudo durante a noite e utilizam a
lua e as estrelas como meio de orientação. Quando voam sobre áreas intensamente iluminadas é frequente
desorientarem-se. Além disso, muitos indivíduos são atraídos por edifícios intensamente iluminados, morrendo
ao voarem de encontro a eles, ou caindo de exaustão após voarem em círculos ao seu redor. É frequente
encontrarem-se centenas de aves mortas em torno de um farol durante o período migratório. Em 1954, em apenas
dois dias 50.000 aves morreram numa base aérea no estado da Geórgia nos EUA. Morrem mais aves anualmente devido
à poluição luminosa do que devido a acidentes com petroleiros, embora estes tenham muito mais mediatismo
e as imagens de aves mortas ou afectadas pelas marés negras apareçam muito mais frequentemente nos jornais e
na televisão.
(http://blog.terramater.pt/2007/07/poluio-luminosa.html)
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