O Parque Natural da Serra da Estrela abrange todo o maciço rochoso da Serra da Estrela, envolvendo vários concelhos.
Ao longe, o maior maciço rochoso da cordilheira central aparece como um vasto planalto inclinando-se para Nordeste, rasgado
por vales onde correm os rios aqui nascidos, o Mondego, o Zêzere e o Alva. Submetido à intensa acção dos gelos durante a era
quaternária, guarda ainda as marcas da sua acção: vales em U, covões e lagoas de origem glaciar.
O árido planalto central, pleno de casais isolados entre as pastagens e os campos de centeio, contrasta com o planalto
de Videmonte, onde nasce o Mondego. A Sudoeste, entre socalcos, as povoações de Loriga e Alvoco marcam a sua presença alcandoradas
em espigões rochosos. Finalmente, a encosta Noroeste estende-se desde a baixa de Seia às terras dominadas pelo castelo de
Linhares, dos campos férteis de milho e vinha às alturas onde só a giesta cresce.
A sua fauna é variada, embora uma das sua espécies mais emblemáticas, o urso, esteja extinto e o lobo só apareça muito
esporadicamente. Em contrapartida, é o único espaço do território nacional onde se alberga a rara lagartixa da montanha.
A vegetação apresenta três níveis distintos: a base, de influência mediterrânea; a zona intermédia, domínio do Carvalho-negral,
e a zona superior, domínio do zimbro, onde ainda se pode observar a Gentiana lutea, uma planta em extinção.
(http://www.solaresdeportugal.pt/PT/entevt.php?eventoid=107)
O Parque Natural da Serra da Estrela (PNSE) está mais pequeno. A área protegida mais antiga do país perdeu
12 mil hectares de forma a ajustar os seus limites aos do sítio "Serra da Estrela", integrado na Rede Natura 2000. No entanto,
a par desta desclassificação foram integrados 1300 hectares nas freguesias de Sarzedo (Covilhã) e Famalicão da Serra (Guarda).
Esta redução de área, agora de 90 mil 360 hectares, foi ratificada no último Conselho de Ministros, que aprovou o respectivo
decreto regulamentar. "Estes ajustamentos, de ordem exclusivamente técnica e científica, são de modo a conferir uma maior
coerência em termos de conservação da natureza e de gestão da área protegida, como a introdução de habitats importantes no
parque natural e a eliminação de áreas sem interesse em termos de valores naturais", explicou o Governo. As áreas excluídas
são consideradas de transição e situam-se nas zonas baixas dos concelhos de Seia e Gouveia, além de uma parcela perto de
Unhais da Serra (Covilhã). A sua inclusão no PNSE já não se justifica, dada a sua "degradação e ausência de valores
naturais assinaláveis".
(http://www.radioelmo.com/breakingnews/news.asp?Id=891)
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