O Parque Natural das Serras D'Aire e Candeeiros diferencia-se da sua área envolvente pelo tipo de relevo e pelas
características geológicas. A secura, acentuada pela ausência de cursos de água superficiais, constitui a característica marcante
da paisagem a que falhas, escarpas e afloramentos rochosos conferem um traço vigoroso e agreste. A erosão cársica, por sua
vez, originou formações características - polje, lapiás, algares, grutas. Perto de Rio Maior, um afloramento de mangas
salíferas originou uma exploração de sal-gema - Salinas da Fonte da Bica, em moldes únicos no nosso país.
A vegetação espontânea é sobretudo constituída por carrascais que alternam com formações sub-arbustivas dominadas pelo
alecrim (Rosmarinus officinalis). Da antiga cobertura arbórea, apenas restam pequenas áreas onde predomina o Quercus faginea
e outras em que domina a azinheira (Quercus ilex). A oliveira (Olea europaea), associada a culturas arvenses de sequeiro é o
elemento dominante da vegetação não espontânea. A agricultura, devido à magreza e secura do solo, confina-se a pequenas depressões,
onde se formou a chamada "terra rossa". No maciço também se localizam as grutas portuguesas que abrigam maior número de espécies
de quirópteros.
(http://www.adirn.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=89&Itemid=152)
Uma área considerável do concelho de Alcanena (região norte) está integrada no PNSAC. (...)
Com cerca de 200 espécies de vertebrados, o património faunístico do PNSAC espelha, sobretudo as aves, as condições
oferecidas pelos principais biótopos aqui presentes. Isto está bem patente, por exemplo, no número de espécies de morcegos
cavernícolas (onze) que representam quase metade das restantes espécies de mamíferos do PNSAC, o que levou à sua eleição
como símbolo desta área protegida. Salienta-se, ainda, a existência de numerosos anfíbios, representados por treze espécies,
número elevado no contexto nacional se se tiver em conta a manifesta secura superficial do território.
(http://www.cm-alcanena.pt/turismo/indexm05.asp)
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