O aproveitamento dos recursos de água doce superficiais (...) [tornam] evidente [a] necessidade de construção de barragens
cujas albufeiras regularizem os cursos de água e idealmente optimizem a disponibilidade de água colhida
e escoada em cada bacia hidrográfica.
As barragens colocam contudo uma variedade de problemas que requerem consideração atenta - designadamente riscos geotécnicos
e sísmicos e impactos biológicos, climáticos, agrícolas, sócio-culturais e económicos, nos territórios e nas populações adjacentes.
As barragens representam sempre uma violenta perturbação, destruindo frequentemente património cultural, levantando
problemas sociais, interferindo nos equilíbrios naturais e contribuindo para a diminuição da biodiversidade. As barragens
perturbam a dinâmica fluvial, interferindo no ciclo natural dos processos erosivos e sedimentares, causando impactos locais
mas também regionais que alcançam o mar, subtraindo nutrientes necessários nas águas estuarinas e costeiras e contribuindo
para a erosão das linhas de costa.
(http://www.apagina.pt/arquivo/Artigo.asp?ID=2269)
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