co-incinerar

Na parte 4 desta "crónica", publicada no Diário de Coimbra em 31 de Agosto de 2001, é afirmado que uma publicação recente da UNEP (não especificada) permite claramente concluir que "uma cimenteira de classe 4, dotada dos melhores sistemas de controlo de combustão disponíveis...libertará para a atmosfera cerca de 0,525 gramas de dioxinas...e levará à incorporação no cimento produzido mais de VINTE E UM GRAMAS dessas mesmas substâncias". Esta cimenteira classe 4 a co-incinerar "emite CINCO VEZES MAIS dioxinas para a atmosfera que uma cimenteira convencional!".

Mais se diz que, com base no documento UNEP, se pode concluir que se a cimenteira a co-incinerar for ligeiramente menos sofisticada (isto é, classe 3), as emissões para a atmosfera e contaminação do cimento, correspondentes à produção de 700 000 toneladas de cimento, serão "respectivamente, 7 e 315 gramas...uma emissão atmosférica SESSENTA E SETE VEZES SUPERIOR...". (...)

Vejamos o que diz o documento da UNEP. Este documento denominado "Standardized Toolkit for Identification and Quantification of Dioxin and Furan Releases", produzido em forma "draft" em Janeiro deste ano, pode ser encontrado em http://irptc.unep.ch/pops/pdf/toolkit/toolkit.pdf. As emissões das cimenteiras a funcionar com combustível normal, ou a co-incinerar resíduos perigosos, são abordadas conjuntamente no capítulo 6.4.1 (páginas 84-87).

Confirmando totalmente as nossas posições, considera o documento que as emissões de dioxinas são fundamentalmente dependentes da temperatura do despoeirador.

(http://paginas.fe.up.pt/~jotace/cci/cronicamanunciada.htm)