Desde 1999 que se discute a nível político a possibilidade de, em Portugal, se proceder à co-incineração de RIP
[resíduos industriais perigosos].
No entanto, a decisão política da sua co-incineração em Outão e Souselas suscitou acesas polémicas, em grande parte pela
falta de possibilidade de participação dos cidadãos na discussão de alternativas e no processo de tomada de decisão, bem como
pelo seu fraco esclarecimento sobre esta questão. A decisão política foi ainda tomada sem se saber a situação actual dos RIP
produzidos e das classes e sub-classes a tratar (...).
(http://www.confagri.pt/Ambiente/AreasTematicas/Residuos/Documentos/doc97.htm)
Algumas notas sobre as consequências dos resultados dos testes de Co-incineração no Outão
- Não há emissões acrescidas na co-incineração: os resultados comprovam que o uso de combustível normal origina
emissões idênticas às resultantes do tratamento de resíduos industriais perigosos (RIP).
- Os testes decorreram durante 21 dias, sendo tratadas cerca de 1100 toneladas de combustível alternativo contendo até
62% de resíduos. As condições de laboração foram as normais, em que se registaram paragens, necessidade de calibração de componentes
do sistema de monitorização, etc. Mesmo nas condições mais desfavoráveis as emissões respeitam a legislação europeia em vigor.
- A co-incineração em cimenteira permite valorizar os resíduos aproveitando a 100% o seu poder calorífico. Face
aos limites impostos pelo protocolo de Kyoto e às directivas comunitárias, é de prever uma utilização crescente de resíduos
como fonte energética.
- Os resíduos destinados à co-incineração exigem uma caracterização prévia exaustiva. Contrariamente ao que se
passa com outras alternativas de fim de linha (por ex. nos processos de precipitação físico-química e inertização). (...)
(http://paginas.fe.up.pt/~jotace/cci/restestescoincoutao.htm)
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