Foi há cerca de uma década que os cientistas previram o arrefecimento da atmosfera superior, através de
um raciocínio simples: gases como o dióxido de carbono e o metano causam um efeito de estufa que concentra
grande parte do calor junto à Terra, não deixando que as radiações se expandam para o resto da atmosfera.
No entanto, este problema resolver-se-ia se o ar quente conseguisse subir, o que não acontece. Quando o
ar quente atinge o início da estratosfera, depara com a camada do ozono que é mais quente que a região
imediatamente anterior, porque absorve directamente o calor solar. Dá-se então uma inversão de temperatura:
o ar quente que sobe até ali, deixa de ser mais quente que o envolvente e deixa por isso de subir
É assim que a troposfera aquece, enquanto as outras camadas arrefecem. O que recentemente
lançou o alarme foi a constatação de que o arrefecimento da estratosfera, nos últimos cinco anos, foi
mais rápido do que o esperado, sobretudo sobre as regiões polares, no Inverno. Na mesosfera, 50
quilómetros acima da superfície terrestre, as temperaturas têm baixado nas últimas três décadas cerca de
um grau centígrado por ano, o que é dez vezes mais rápido do que o previsto.
(http://campus.fct.unl.pt/afr/ipa_9900/grupo0034_altglobais/consequencias.htm)
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