A biodiversidade está distribuída heterogeneamente na Terra, com áreas de grande diversidade
(os chamados "hot spots", como as florestas tropicais e os recifes de corais), outras com pouca
diversidade (como os desertos e as regiões polares) e ainda outras, com alguma diversidade. Dos 25
"hot spots" no mundo, apenas dois se encontram parcialmente na Europa: na bacia mediterrânea e no Cáucaso.
(...) A biodiversidade tem aumentado desde a origem da vida terrestre, embora de forma
descontínua, atingindo o seu pico máximo antes do aparecimento da humanidade e tendo vindo a decrescer
desde então.
O problema da redução da biodiversidade assumiu, principalmente nas últimas décadas, proporções
nunca antes atingidas, conforme aponta o Relatório da Diversidade Biológica, publicado pelo Programa das
Nações Unidas para o Ambiente (PNUA) em 1995.
(http://www.confagri.pt/Ambiente/AreasTematicas/ConsNatureza/TextoSintese/Antecedentes/)
[A] Diversidade biológica, definida em termos de genes, espécies e ecossistemas, é vulgarmente
usada para descrever o número e a variedade dos organismos vivos. Numa perspectiva global, este termo pode
ser considerado como sinónimo de "Vida na Terra", resultado de mais de 3 mil milhões de anos de evolução.
O número exacto de espécies actualmente existente é desconhecido: até à data foram identificadas cerca
de 1,7 milhões mas as estimativas apontam para um mínimo de 5 milhões e um máximo de 100 milhões.
Porquê conservar a diversidade biológica?
Apesar da extinção das espécies constituir uma parte natural do processo de evolução, actualmente
devido às actividades humanas, as espécies e os ecossistemas estão hoje mais ameaçados do que em qualquer
outro período histórico. As perdas de diversidade ocorrem tanto nas florestas tropicais (onde estão presentes
50 a 90% das espécies já identificadas), como nos rios, lagos, desertos, florestas mediterrânicas,
montanhas e ilhas. As estimativas mais recentes prevêm que, às taxas actuais de desflorestação, 2 a 8%
das espécies que vivem na Terra venham a desaparecer nos próximos 25 anos.
Estas extinções têm profundas implicações no desenvolvimento económico e social, para além de serem
consideradas uma tragédia ambiental. A espécie humana depende da diversidade biológica para a sua
própria sobrevivência, dado que pelo menos 40% da economia mundial e 80% das necessidades dos povos
dependem dos recursos biológicos. Para além disso, quanto mais rica é a diversidade biológica, maior
é a oportunidade para descobertas no âmbito da medicina, da alimentação, do desenvolvimento económico, e
de serem encontradas respostas adaptativas às alterações ambientais. Manter a variedade da vida é uma
medida de segurança.
(http://portal.icnb.pt/ICNPortal/vPT/Medidas/Envolvimento+Internacional/Conven%C3%A7%C3%A3o+sobre+a+Diversidade+Biol%C3%B3gica.htm?res=1024x768)
|