O uso de tributilestanho (TBT) e trifenilestanho (TPT) em tintas antivegetativas criou um grave problema
de poluição à escala mundial. Consequentemente, a Organização Marítima Internacional (IMO) baniu a aplicação
de tintas antivegetativas com organoestânicos em todo o tipo de embarcações a partir de 2003 e proíbe a
sua utilização a partir de 2008. Como resultado, o TBT e o TPT estão actualmente a ser substituídos por
outros biocidas, com destaque para os compostos à base de cobre e de zinco. O principal objectivo deste
projecto é o de avaliar o risco ecológico associado ao aumento da contaminação ambiental por cobre e zinco,
e comparar este risco com o associado à contaminação por organoestânicos.
A avaliação de risco irá considerar (i) a exposição potencial dos organismos ao TBT, TPT, cobre e
zinco na costa Portuguesa e (ii) os potenciais efeitos daqueles organometais e metais nas comunidades
marinhas e estuarinas, no sentido de se poder avaliar os potenciais impactos negativos provocados pelas
tintas antivegetativas na costa Portuguesa. Para a caracterização da exposição potencial irá ser avaliado
o nível de contaminação da água, sedimento e biota por TBT (e suas formas degradadas), TPT
(e suas formas degradadas), cobre e zinco em 44 estações de amostragem distribuídas ao longo de toda a
costa ocidental Portuguesa (...).
(http://www.fct.mctes.pt/projectos/pub/2004/painel_result/vglobal_projecto.asp?idProjecto=61893&idElemConcurso=76)
A nível do biota nas águas interiores foram recolhidos barbos nos principais rios: Vouga, Douro,
Mondego, Tejo, Sado e Guadiana. Sistematicamente em todas as amostras apenas foram detectados valores
de Mercúrio e Cádmio. O Mercúrio foi detectável tanto no fígado como no músculo, e os valores mais
elevados observaram-se no rio Guadiana. O Cádmio foi detectável apenas no fígado, e os valores mais
elevados observaram-se no rio Vouga.
Para os estudos do biota nas águas costeiras e estuarinas foram colhidos mexilhões em 13
pontos da costa portuguesa, entre Maio e Junho [de] 1999 correspondente ao período pré-desova e ainda de
plâncton nas estações definidas para as águas costeiras.
(http://snirh.inag.pt/snirh/estudos_proj/redes/substperig/subsper_lista1_res.html)
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