sucessão ecológica

Para a reflorestação, o conhecimento da vegetação potencial natural é da máxima importância, dado que cada associação vegetal se relaciona com o seu sítio de uma forma dinâmica e evolutiva extremamente intensa, que conduz à evolução no sentido da formação de um ecossistema climáxico estável e de elevada resiliência.

No entanto, a maioria das vezes, esta cobertura vegetal não respeita a sucessão ecológica da vegetação, pois o objectivo é o de conseguir, no mais curto intervalo de tempo, um ecossistema climáxico estável, pelo que se limita a escolha a meia dúzia de espécies correspondentes a este estádio, sem que muitas vezes estejam reunidas as condições para a sua instalação. (...)

A instalação apenas de plantas correspondentes ao estádio climáxico, além de reduzir as hipóteses de escolha das espécies a plantar, inviabiliza o sucesso de colonização de outro tipo de plantas. Por outro lado, as espécies instaladas nem sempre encontram as condições edafo-climáticas ideais, o que pode traduzir-se no insucesso da colonização.

Além de não se respeitar a sucessão ecológica e de se plantar um número muito restrito de espécies, estas são plantadas todas no mesmo período, atingindo todos os exemplares da mesma espécie a maturidade e a velhice ao mesmo tempo, factores estes que diminuem o poder de auto-regeneração intrínseca da vegetação, pois a produção de matéria morta é sempre em grande quantidade, chegando mesmo a haver extinção de populações.

(http://www.inag.pt/inag2004/port/quem_somos/pdf/linhas-agua.pdf)