metal pesado

Milhões de lâmpadas com mercúrio vão parar todos os anos a aterros não preparados para receber resíduos perigosos, às incineradoras de lixo urbano e a lixeiras clandestinas, embora uma parte também se encontre armazenada, devido à falta de recolha sistemática deste desperdício nocivo.

Lançado no meio ambiente, o mercúrio polui a água subterrânea e o ar. Metal pesado extraordinariamente tóxico, é responsável por danos nos rins, cérebro e no desenvolvimento dos fetos, quando absorvido através de alimentos.

Apesar de já existirem em Portugal duas unidades industriais de reciclagem de lâmpadas fluorescentes e outras contendo mercúrio, e de se calcular que neste país se produzem entre oito milhões e dez milhões de unidades usadas, apenas algumas empresas, grandes superfícies comerciais, ministérios, instituições e um ou outro operador de resíduos lhes entregam este resíduo perigoso. Outra origem de grandes quantidades de lâmpadas é a demolição de grandes espaços, como os estádios de futebol substituídos pelas novas construções.

Embora possuam e administrem um elevado número de edifícios públicos - dos paços do concelho aos pavilhões gimnodesportivos - e de serem responsáveis pela gestão dos resíduos gerados pelos seus munícipes, os municípios e serviços intermunicipais ainda não encaminham adequadamente estes resíduos.

(http://jn.sapo.pt/2004/08/16/sociedade/lampadas_mercurio_ainda_parar_lixeir.html)