Pentaclorofenol (PCP), um composto xenobiótico, tem sido amplamente utilizado na conservação de madeira e na
formulação de pesticidas e insecticidas. Devido ao seu elevado grau de toxicidade, o limite recomendo de PCP em
águas naturais é muito baixo (2 mg/l). A eliminação de PCP em água é viável apenas por degradação biológica ou
oxidação química avançada.
Um processo de tratamento biológico empregando um reactor híbrido de lamas activadas anaeróbias e
aeróbias foi utilizado para avaliar a sua capacidade de desintoxicação de uma água contaminada por PCP e a sua
aplicabilidade na remediação sustentável de água subterrânea contaminada. O reactor biológico, com um volume total
de 50 litros, foi carregado com lamas activadas obtidas numa estação de tratamento de lixiviados de um aterro sanitário
e sujeito a um período de adaptação de uma semana a um substrato de acetato de sódio e a uma aclimatação de 53 dias
adicionais com PCP. (...)
Os resultados obtidos indicam que o consórcio microbiano presente no reactor é capaz de eliminar 99,7% de PCP
afluente. A qualidade da água tratada é considerada adequada para recarga de aquíferos através de infiltração em solo.
Este processo, apresenta-se, assim, como sendo ecológico (não implicando formas de poluição secundária) e económico.
(http://www.aprh.pt/congressoagua2002/pdf/r_97.pdf)
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