Os quase 300 mil hectares de floresta e matos ardidos este ano não estarão reflorestados ou tratados antes
dos próximos três anos, mesmo que desta vez corram bem as operações de repovoamento. Além de obedecer a um
ciclo natural que impõe a sementeira no Inverno, o processo aconselha um calendário de operações, prudência
e capacidade de gestão. (...)
Se as árvores não estiverem carbonizadas, é natural que um eucaliptal renasça dos rebentos e a
reflorestação esteja garantida. Mas isso nem sempre acontece com um pinhal. Embora as árvores atingidas
não lancem rebentos, um pinhal adulto (mais de 20 anos) pode assegurar o seu renascimento. Para isso, é
necessário que no solo existam pinhas com sementes capazes de germinar. Ao fim de três anos é que é possível
avaliar se valeu a pena esperar pela regeneração ou proceder a reflorestações novas, evitando-se
"tomar decisões precipitadas". Se isto parece válido para espécies de crescimento rápido como estas, mais
compreensível é para as de crescimento mais lento, como o sobreiro.
(http://jn.sapo.pt/2005/11/09/sociedade/reflorestacao_demora_pelo_menos_tres.html)
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