A bioacumulação é a soma das sucessivas absorções de um poluente feitas por via directa, ou via alimentar,
por espécies aquáticas. Este fenómeno de bioacumulação é bastante conhecido devido à existência de
determinadas espécies capazes de acumular quantidades de substâncias naturais, vários milhares de vezes superiores
à concentração encontrada no solo. Assim, as algas dos tipos "Fucus" ou "Laminaria" são capazes de acumular o
bromo e o iodo presentes na água dos mares, sendo esta característica aproveitada na extracção industrial destas
substâncias. O plutónio, proveniente das centrais de tratamento de resíduos radioactivos e lançado pelo homem
nos oceanos, pode ser concentrado até 3 000 vezes mais pelo fitoplâncton e até 1 200 vezes mais pelas algas
bentónicas. Este fenómeno tem como consequência uma transladação e o aumento biológico da poluição no interior
das biocenoses contaminadas. Cada cadeia trófica será lugar para um processo de aumento da concentração dos
poluentes persistentes na biomassa, à medida que se sobe os diversos níveis da pirâmide ecológica.
(http://www.polmar.com/poluicao/seresvivos.htm)
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