Os pesticidas utilizados na eliminação de pragas agrícolas, constituídos por organoclorados,
organofosforados, carbamatos, sulfato de cobre (este utilizado muitas vezes na sulfatagem das vinhas para o
combate de doenças), apresentam uma elevada afinidade para os tecidos gordos dos organismos marinhos e por
isso podem dar origem a dois grandes problemas: em alturas de escassez de alimento, os indivíduos utilizam
as suas reservas adiposas, aumentando deste modo as concentrações destes compostos no organismo, que podem
atingir níveis tóxicos. Outro risco é a transmissão ao longo da cadeia alimentar e a bioamplificação
das concentrações, o que leva a níveis tóxicos em organismos que ocupam o topo da cadeia como os mamíferos
marinhos, aves, etc.
(http://www.horta.uac.pt/projectos/MSubmerso/old/200010/Poluicao.htm)
Os principais poluentes (conhecidos) emitidos pelas incineradoras são os metais pesados (mercúrio, chumbo,
cádmio) e as chamadas dioxinas (família de compostos organo-halogenados tais como as dioxinas propriamente ditas,
os furanos, e os PCBs). No caso dos metais, a incineração não só não os elimina (a cisão de átomos só é
possível por reacções nucleares), como ainda por cima os transforma em formas mais tóxicas e voláteis (como é
o caso do mercúrio de cuja combustão com compostos orgânicos resulta o metilmercúrio, composto muitíssimo
mais tóxico). Sobre as dioxinas basta dizer que são «os mais potentes tóxicos produzidos pelo homem alguma
vez estudados» (traduzido à letra de um dos últimos relatórios da Agência do Ambiente dos EUA sobre estes
compostos).
Tanto os metais pesados como as dioxinas caracterizam-se por ser bioacumuláveis, querendo isto dizer que
o nosso corpo acumula-os sem os conseguir eliminar. Desta forma, mesmo pequenas quantidades ao longo do tempo
podem resultar em riscos gravíssimos para a saúde. A esta situação acresce o problema da biomagnificação,
onde se verifica que a exposição a estes poluentes é tanto maior quanto mais se sobe na cadeia alimentar.
Ora o ser humano está no topo dessa cadeia.
(http://www.ieeta.pt/~mos/cegonha/comunicacoes/1996-02-28.html)
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