A radioactividade não é um fenómeno recente. Com efeito, a Terra sempre esteve sujeita à radiação cósmica
e da sua constituição sempre fizeram parte elementos radioactivos, pelo que a espécie humana tem vivido, desde a
sua origem, num ambiente naturalmente radioactivo.
A radioactividade no ambiente pode ter origem natural ou artificial e resulta, basicamente, de
quatro fontes principais:
(1) exalação para a atmosfera de 222Rn e 220Rn, formados através da desintegração radioactiva do 226Ra e
do 224Ra (constituintes naturais de solos e rochas) pertencentes às séries radioactivas naturais do urânio e do
tório, respectivamente;
(2) formação de radionuclidos cosmogénicos através da interacção da radiação cósmica com gases atmosféricos
como o carbono, o azoto e o oxigénio;
(3) radioactividade natural tecnologicamente aumentada, resultante da utilização industrial de
matérias-primas que contêm radionuclidos naturais e cujo processamento conduz à redistribuição e concentração
desses constituintes radioactivos;
(4) radionuclidos artificiais, produtos de cisão e activação, em virtude de actividades antropogénicas
(testes nucleares, produção de energia eléctrica por via nuclear, produção de radioisótopos, acidentes, etc.).
(http://nautilus.fis.uc.pt/gazeta/revistas/30_1/vol30_fasc1_Art07.pdf)
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