O repovoamento é uma técnica bastante comum na gestão de populações bravias (quer com finalidade de
conservação quer na gestão cinegética), que consiste, de uma maneira simples, na libertação de animais em locais
onde as suas populações são escassas ou inexistentes. Esta técnica tem, no entanto, resultados imprevisíveis,
pois os animais sofrem um conjunto de perturbações (transporte, perda de referências geográficas, novo habitat
e mesmo algumas perturbações sociais) que devem ser acauteladas e minimizadas. Podem ser vectores de pragas e
doenças, necessitando por isso de uma inspecção sanitária adequada, e podem constituir um vector de poluição
genética (no caso de não serem da mesma espécie que a população bravia).
Os repovoamentos podem ser uma medida muito importante para a conservação, como por exemplo os
repovoamentos com coelho podem contribuir para os esforços de recuperação do lince-ibérico, também este
sujeito a um trabalho de criação em cativeiro para posterior libertação.
(http://www.confagri.pt/Caca/Tecnicagestao/tecnica3.htm)
A repovoação da Lagoa de Pataias, que deveria ter sido iniciada no Dia Nacional da Conservação da Natureza,
assinalado a 28 de Julho, foi adiada devido à falta de licenças e às elevadas temperaturas que se têm feito
sentir. (...)
De acordo com o projecto idealizado por seis biólogos, numa parceria do município de Alcobaça com duas
instituições universitárias de Lisboa, e ainda com o Parque Natural Sintra-Cascais, seria agora a altura de
iniciar o repovoamento, que não se concretizou.
"Para proceder a esta acção, a Direcção Geral de Florestas e o Instituto da Conservação da Natureza têm que
emitir licenças que autorizem a captura, detenção e introdução de animais, neste caso peixes", documentos que
"ainda não chegaram ao pelouro do Ambiente", refere Sofia Q.
A bióloga explicou ainda que a acção de repovoação "envolvia alguma logística e estava planificada
por etapas, que, nesta fase, são impossíveis de concretizar".
(http://www.oesteonline.pt/noticias/noticia.asp?nid=13224)
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