aluvionar, aluvial

No que respeita aos materiais holocénicos de origem aluvionar do Rio Vouga e afluentes principais, são constituídos predominantemente por areia fina, areia muito fina e limo. A percentagem de argila é variável; a areia grossa, saibro e pedras são pouco frequentes nas camadas superficiais das aluviões mas podem ocorrer nas camadas profundas.

Relacionada com esta deposição aluvionar e com a regressão verificada em época relativamente recente, verificou-se a já referida constituição da Ria de Aveiro, designação consagrada pelo uso mas, em rigor, imprópria porque rias são vales submersos, normalmente perpendiculares à linha de costa e que ocorrem na Galiza e na Irlanda (Himus, 1954).

A Ria de Aveiro será, então, mais propriamente um haff-delta, semelhante aos formados no Báltico, em que um cordão arenoso litoral se desenvolve paralelamente à linha de costa na foz de alguns rios.

(http://www.drapc.min-agricultura.pt/base/documentos/solos_baixo_vouga.htm)

No preenchimento sedimentar da Bacia do Sado, definiram-se as seguintes quatro unidades com características distintas:

i) Formações terciárias basais (Formação de Vale do Guizo e de Ervidel): Depósitos detríticos geralmente grosseiros e imaturos, com importantes marcas diagenéticas, sendo a sua carbonatação de origem essencialmente freática. Correspondem a materiais de leque aluvial acumulados em áreas deprimidas adjacentes a relevos vigorosos, em condições climáticas quentes e semi-áridas.

(http://www.geopor.pt/GPresum/sed/nuno.html)