De acordo com estudos do Banco de Portugal, no final da década de 90 a taxa de crescimento anual do PIB potencial estaria em cerca de 3,5%,
face a uma taxa entre 2,0% e 2,5% na zona do euro, segundo o BCE. Mas as estimativas para a taxa de crescimento do PIB potencial português
têm vindo a baixar sistematicamente desde então, sobretudo em resultado da desaceleração da produtividade total de factores. As próprias projecções
governamentais apontam claramente nesse sentido: segundo a última actualização do Programa de Estabilidade e Crescimento (de Dezembro de 2004),
o governo estima para 2004 uma taxa de crescimento do PIB potencial de apenas 1,9%, seguida de 2,0% nos dois anos seguintes
e de somente 1,8% em 2007. Note-se que na actualização do Programa de Estabilidade e Crescimento de Dezembro de 2002, a previsão do governo
era de uma taxa de crescimento entre 2,6% e 2,8% para o mesmo período.
(http://www.aeportugal.pt/Inicio.asp?Pagina=/Aplicacoes/Noticias/Noticia&Codigo=5484)
E continua a não ser economicismo computar os custos materiais do desemprego para a sociedade. Durante a grande depressão dos anos trinta
o produto interno bruto potencial americano chegou a ser superior em mais de um terço àquele que se produziu num determinado ano,
tendo-se registado no início dos anos 90 perdas equivalentes na Rússia e nas economias do leste europeu. Claro que são custos bem mais elevados
do que os custos da ineficiência dos monopólios reais ou financeiros, empresariais ou sindicais, responsáveis pela rigidez dos mercados de trabalho
e capitais.
(http://prof.fe.unl.pt/~jbmacedo/courses/bemcomum.htm)
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