[O] PIB (...) é o valor do output final total de todos os bens e serviços produzidos (internamente) numa economia. (...) "Bruto" indica
que o valor perdido pelo "desgaste" do capital utilizado na produção (i.e. depreciação) não é deduzido do valor do output final. Se fosse deduzido,
teríamos uma medida que designamos por produto interno líquido ou PIL. Qualquer medida (bruta ou líquida) do output total
pode ser medida ou a custo de factores ou a preços de mercado. A diferença é que valores a preços de mercado incluem o valor de impostos indirectos
e subsídios, enquanto que valores a custo de factores não o incluem. Note-se que o PIB (ou PIL) "potencial" é o valor que a economia
consegue produzir num dado período (geralmente um ano) se todos os recursos disponíveis forem afectos de forma óptima e plenamente utilizados.
Em contraste, o PIB (ou PIL) real é o output realmente produzido num período de tempo.
(http://www.iseg.utl.pt/disciplinas/mestrados/dci/dcipedgloss.htm)
O PIL é frequentemente utilizado para medir o crescimento sustentável, no sentido em que este agregado subtrai as depreciações ao PIB,
permitindo revelar o montante do actual produto/rendimento que deve ser colocado de lado para a utilização de stock de capital na produção durante
o actual período. De acordo com os dados do BEA (2000), durante o período de 1947-73 o PIB real cresceu a uma taxa anual de 4,0%, tanto se
medido pelo PIB como [pelo] PIL. De forma contrastada, com um pronunciado aumento no investimento total e em particular no investimento
com um ciclo de vida mais curto, incluindo o software, o PIB real no período de 1947-99 cresce 3,0%, enquanto (...) o PIL, durante o
mesmo período cresceu 2,8%. Estes indicadores são ainda mais esclarecedores se nos reportarmos ao período de 1995-99, durante o qual o PIB real
cresceu 4,1%, enquanto o PIL cresceu 3,8%.
(http://www.dpp.pt/pages/files/infor_inter_2000_I_V.pdf)
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