As perspectivas mais pessimistas sobre a evolução da actividade que os empresários da Indústria Transformadora haviam perspectivado
para o último trimestre de 2002 surgem claramente confirmadas, a avaliar pelos apuramentos trimestrais que se recolheram com o presente
inquérito de conjuntura de Janeiro de 2003. A generalidade dos indicadores trimestrais confirmam esta tendência. Uma das indicações que sustentam
este diagnóstico é a forte quebra da taxa de utilização da capacidade produtiva que se fixou em 77.7%, o mais baixo valor apurado desde o primeiro
trimestre de 1996. (...)
Em termos globais, as opiniões relativas às perspectivas de evolução da actividade para os próximos três meses apresentam-se um pouco
menos desfavoráveis do que as indicadas no trimestre anterior, invertendo a tendência que se regista desde o segundo trimestre de 2001. No entanto,
sublinhe-se que este indicador se mantém num nível muito baixo, o que, considerado conjuntamente a diminuição do número de meses de produção assegurada e
com a redução da taxa de utilização da capacidade produtiva, perspectiva uma evolução global pouco animadora para o próximo trimestre.
(http://www.ine.pt/ngt_server/attachfileu.jsp?look_parentBoui=91618&att_display=n&att_download=y)
Tal como previsto no boletim anterior, no segundo trimestre a percentagem de empresas que registaram um aumento da produção foi inferior
ao daquelas em que se verificou uma diminuição: o saldo entre estas respostas extremas (s.r.e.) foi de -15 pontos percentuais (p.p.). (...)
Metade dos inquiridos afirmaram que o seu nível de utilização da capacidade produtiva foi normal para a época do ano. No entanto,
também nesta matéria, as respostas negativas superam largamente as positivas, dando origem a um saldo de respostas extremas de -36 p.p. É entre
as empresas que menos apostam na venda de calçado de marca própria que, proporcionalmente, é mais frequente que a utilização da capacidade produtiva
esteja acima do normal para a época.
(http://www.apiccaps.pt/temp/14870.doc)
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