A instalação de uma nova fábrica da multinacional de energia Agni em Montemor-o-Velho é o terceiro grande investimento estrangeiro
que José Sócrates anuncia esta semana. (...)
O anúncio será feito hoje pelo próprio primeiro-ministro no Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação (INETI), em Lisboa,
numa cerimónia que contará também com os ministros da Economia, Manuel Pinho, e do Ambiente, Ordenamento e Desenvolvimento Regional, Nunes Correia.
Estarão presentes também os responsáveis da (...) empresa da Malásia que pertence ao grupo (...) sediado nos Estados Unidos
que assinarão com a API - Agência Portuguesa para o Investimento um "memorando de entendimento" com vista à concretização dos investimentos
da multinacional em Portugal.
(http://dn.sapo.pt/2006/01/19/economia/multinacional_agni_instalarse_montem.html)
No Vector "Atracção de Investimento Directo Estrangeiro para uma Nova "Carteira de Actividades" Internacionalizadas" inclui-se: (...)
Lançamento, por concurso nacional, de um processo de constituição de Pólos de Competitividade/Parcerias para a Globalização,
entre regiões portuguesas e algumas das regiões mais inovadoras e internacionalizadas da Europa (vd - Suécia, Hessen, Baden Wurtemberg, Baviera,
Suíça e Lombardia/Piemonte). O objectivo é a constituição, em torno de um investimento de grande dimensão por parte de empresas multinacionais
que tenham nessa região europeia a sua base ou núcleos fundamentais de actividade de três componentes:
- Uma Área de Localização Empresarial (ALE) ou um Parque Tecnológico no qual se venham a instalar outras empresas estrangeiras e PMEs nacionais
que operem em áreas afins e/ou complementares das da empresa multinacional;
- Uma parceria entre essa empresa multinacional e universidades e institutos politécnicos da região no sentido de nelas instalar
ou desenvolver áreas específicas do ensino e da investigação, bem como o estabelecimento de acordos de parceria entre essas instituições
de ensino superior e de I&D portuguesas e as melhores universidades e centros de I&D da região europeia em que a empresa multinacional
tem uma das suas principais bases de I&D;
- Uma parceria entre cidades da região portuguesa e da região onde está instalada a empresa multinacional no sentido de um forte
intercâmbio cultural, desportivo, turístico.
(http://www.portugal.gov.pt/NR/rdonlyres/EB1A55C5-5E3B-4207-8DEA-2C339E61FCEF/0/PIENDS_2.pdf)
Mais do que se ficar pela definição tradicional de Empresa Multinacional (EMN), que controlava activos, tais como fábricas, minas,
escritórios de vendas e semelhantes em dois ou mais países, a definição actual compreenderia uma empresa que (a) abarcasse entidades em dois
ou mais países, (b) que operasse sob um sistema de tomada de decisões que permitisse políticas coerentes e uma estratégia comum através de um
ou mais centros de tomada de decisões, e (c) em que as entidades estão de tal maneira ligadas entre si, por títulos de propriedade ou outros,
que cada uma delas pode exercer uma influência significativa sobre as actividades das outras, e, em particular, partilhar conhecimentos, recursos
e responsabilidades. (...)
As EMNs seriam (...) conotadas com as seguintes características: (1) Dispersão das unidades, da capacidade de inovação, etc.;
(2) Interdependência, através de fluxos cruzados de pessoas, tecnologia e produtos; (3) Ligação estreita entre subunidades, em termos de comunicações,
coordenação de estratégias e de sistemas de remuneração, muitas vezes acompanhada de um conjunto mais desprendido de joint ventures e alianças
estratégicas; (4) Aprendizagem entre unidades; e (5) Flexibilidade estrutural, já que o processo organizativo pode ser considerado mais importante
do que qualquer estrutura organizativa particular.
As EMNs encontrar-se-iam assim entre as mais complexas instituições humanas e apresentariam problemas formidáveis para ser resolvidos
pela respectiva gestão.
(http://www1.eeg.uminho.pt/economia/pascoa/EIEORGMN.pdf)
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