Irlanda, Espanha, EUA e Reino Unido são, entre os países de rendimento elevado, aqueles que registaram maiores subidas
nos défices e dívida, conforme realçou Stephen Cecchetti, do Banco de Pagamentos Internacionais (BIS), na
apresentação que fez na semana passada na conferência que assinalou o 75º aniversário do Banco Central da Índia, intitulada
"O Futuro da Dívida Pública". O crescimento do crédito e das bolhas de activos foi mais acentuado nos países citados e,
como tal, a pressão é hoje maior no que toca à desalavancagem da despesa do sector privado. (...)
Num relatório do BIS, sublinha-se que as perspectivas orçamentais a longo prazo, impulsionadas em larga medida pelo
envelhecimento, são desastrosas. Segundo os seus autores, em 2050, os rácios da dívida pública face ao PIB poderão
chegar aos 250% em Itália, aos 300% na Alemanha, aos 400% em França, aos 450% nos EUA, aos 500% no Reino Unido e aos
600% no Japão. Se a dívida soberana nos países de rendimento elevado não for eliminada, estes terão de pensar num plano credível
de contenção orçamental. Quanto a isto não há discussão possível.
(http://economico.sapo.pt/noticias/prioridades-para-evitar-nova-recessao_82054.html)
Esta liberdade universal permitiu à indústria financeira mundial conhecer uma verdadeira explosão ao longo dos
últimos dez anos - a partir de 1985, o volume de negócios do comércio de divisas e do comércio internacional das acções
mais do que decuplicou. A crermos no cálculo do Banco de Pagamentos Internacionais (BPI), ao longo de um
dia médio de transacções, cerca de 1,5 biliões de dólares mudam de mãos. Esta soma, uma cifra com doze zeros, corresponde mais
ou menos ao valor de toda a produção anual da economia alemã ou a quatro vezes as despesas mundiais anuais em crude.
(http://www.fep.up.pt/docentes/cpimenta/textos/pdf/ArtigoRSA.pdf)
Sublinhe-se que, não obstante a ortodoxia do discurso político em Berlim, a Alemanha é dos mais interessados em
evitar um "default" grego: é o país cuja banca está mais exposta ao risco de incumprimento da dívida grega e da generalidade dos
países considerados mais vulneráveis.
Segundo dados recentes do Banco Internacional de Pagamentos (BIS), citados pela agência Bloomberg,
no final de Setembro a exposição dos bancos alemães era de 330,8 mil milhões de dólares (240,384 mil milhões de euros)
face a títulos da dívida pública gregos, espanhóis e portugueses.
(http://www.jornaldenegocios.pt/index.php?template=SHOWNEWS&id=411687)
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