risco de incumprimento, risco de default

[A] investigação que se efectuou ajuda a criar sinais de alerta sobre o crédito, bem como [a] produzir informações sobre o posicionamento de cada empresa devedora, em termos do seu grau de risco e, consequentemente, sobre o valor do respectivo crédito. A metodologia de investigação baseou-se na criação de uma função estatística que permite separar as empresas em termos do seu grau de risco de incumprimento através da análise discriminante ou do modelo "logit".

A função estatística criada por este trabalho de investigação é um instrumento de gestão cuja utilização permite (i) melhorar o conhecimento da realidade empresarial devedora da Segurança Social, (ii) produzir atempadamente sinais de alerta sobre previsão do risco de crédito e (iii) ser um auxiliar na definição de políticas mais eficientes na gestão do crédito, podendo contribuir de uma forma directa para a redução do número de falências a prazo, de empresas viáveis e, de uma forma indirecta, para a minimização dos problemas criados pelas falências.

(http://pascal.iseg.utl.pt/~jcneves/paper_relatorio_fct1.PDF)

Portugal voltou ao 7º lugar do TOP mundial do risco de default (de incumprimento da dívida), depois de já ter estado hoje em 6º lugar, a posição em que esteve aquando do pico da crise a 27 de Abril. Está próximo de 26% de probabilidade de incumprimento, depois de ter fechado ontem nos 21% e em 9º lugar.

Está acima dos 340 pontos base em termos de custo dos famosos cds - credit default swaps -, seguros contra o risco de incumprimento das obrigações da dívida soberana. A diferença com o referencial alemão de condições de crédito é próxima de 3%.

Também as yields (taxas de rentabilidade) das Obrigações do Tesouro voltaram a disparar hoje (ver destaque).

Este movimento de disparo, de novo, do risco é comum ao conjunto dos PIIGS - o acrónimo humorístico pejorativo para o grupo de cinco países da zona euro mais vulnerável aos ataques especulativos. A Grécia voltou a um risco superior a 46% e a subir, de novo, para o 2º lugar do TOP mundial, apesar do pacote anunciado no fim de semana e das decisões do Eurogrupo (englobando os 16 países da moeda única europeia).

(http://aeiou.expresso.pt/portugal-subiu-para-7-lugar-do-risco-mundial=f580332)