A Reserva Federal (conhecida pelo acrónimo de FED), o Banco Central dos Estados
Unidos, decidiu ontem à noite, já depois do fecho das bolsas de Wall Street e do Nasdaq,
subir a taxa de desconto em 25 pontos base, dos 0,50% para os 0,75%.
A decisão, apesar de já ter vindo a ser preparada pelos responsáveis da FED ao longo
do último mês, surpreendeu os mercados, porque foi tomada antes da reunião da FED agendada
para Março. A taxa de desconto é relativa ao valor cobrado pela FED nos empréstimos
directos aos bancos. Apesar de não existir uma taxa idêntica na Europa, é possível estabelecer uma
comparação com a taxa europeia de cedência de liquidez que se situa em 1,75%.
Contudo, a taxa directora norte-americana (a designada por FED Funds Rate) manteve-se no intervalo
entre 0 e 0,25%, bem abaixo da europeia. O Banco Central Europeu mantém a sua taxa principal
de refinanciamento nos 1% desde Maio de 2009.
Esta decisão da FED é encarada como um primeiro sinal de "saída" da estratégia de resposta à crise
iniciada face ao pânico financeiro de 2008 por Ben Bernanke, o presidente do Banco Central americano.
(http://aeiou.expresso.pt/reserva-federal-americana-sobe-taxa-de-desconto=f566198)
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