Se a boa cozinha melhora o espírito dos humanos, é necessário que 
essa boa cozinha chegue a todos os cidadãos. 
 Essa democratização tem lugar com o aparecimento em França dos 
primeiros restaurantes. Claro que existiam já por toda a Europa 
um sem número de tabernas, de albergues, de casas onde para além de se 
poder dormir para descansar duma jornada longa e dura, também 
se servia de comer e de beber. 
 Mas o sentido moderno do que hoje apelidamos de restaurante (...) 
não se podia, de forma nenhuma aplicar a tais casas, 
que apenas apresentavam um ou outro prato (...) que salvaguardasse a 
fome. Ademais, as associações de artesãos de produtos alimentares - 
padeiros, tripeiros que vendiam os enchidos, charcuteiros que 
elaboravam os patés de porco, os assadores que só vendiam 
carne assada etc, etc. - eram muito zelosas dos seus interesses 
corporativos e não permitiam que os seus produtos fossem produzidos 
por outrém. 
 (http://www.oa.pt/Publicacoes/Boletim/detalhe_artigo.aspx?idc=31559&idsc=23405&idr=2933&ida=23342) 
Os pequenos salsicheiros não acompanharam a evolução e 
desistiram, os salsicheiros resistentes passaram a 
dedicar-se quase exclusivamente ao presunto. Actualmente, as industrias 
de presunto são de produção anual e 
contínua e não dependem das estações do ano. As tecnologias trouxeram a 
possibilidade de conseguir, com as 
câmaras de cura, climas controlados que reproduzem as temperaturas 
desejadas.
 (http://www.distritosdeportugal.com/site_amendoa/panorama_geral.htm) 
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