A partir de factos como estes, a imagem da globalização varia
extraordinariamente. Para começar, os problemas
de escala, suscita[m] a desconfiança do cidadão comum. Que significam
os montantes com dez a doze dígitos
(biliões) referidos aos fluxos do comércio internacional, das finanças
mundiais ou ao PIB de grandes
potências como EUA, UE e Japão? Que significa que as vendas de muitas
das grandes empresas multinacionais
ultrapassem notoriamente o PIB português, por exemplo? Terão as
economias nacionais no seu todo, ou a própria
economia mundial, uma escala incontrolável, apenas inteligível por uns
quantos iluminados?
A comunicação social, salvo excepções, também apaga o rosto humano da
macroeconomia, criando uma noção de
impotência perante supostos poderes ocultos e conspirativos de líderes
económicos e políticos que
defenderiam a 'tirania dos números', a 'arrogância dos modelos' e a
'inevitabilidade dos mercados'.
(http://pwp.netcabo.pt/netmendo/Artigo%20globaliza%C3%A7%C3%A3o.htm)
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