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A cortiça chinesa, que algumas empresas estão em vias de começar a importar para Portugal, não vai provocar danos à produção nacional. É esta a convicção do director-geral da Associação Portuguesa de Cortiça (Apcor) (...).

Durante um seminário sobre investimentos na China, realizado na passada quinta-feira (...), [um] empresário do sector, revelou a intenção de começar a importar cortiça chinesa, "muito mais barata do que a mediterrânica", para com ela produzir granulados aplicáveis na indústria de construção civil, nomeadamente para isolamento e pavimentação. Mas a matéria-prima importada do Oriente não tem um efeito de substituição em relação à nacional, não só por questões de qualidade, mas também porque a portuguesa está toda vendida à partida.

"A nossa capacidade instalada ao nível industrial é de tal forma elevada que a cortiça oriunda da nossa floresta não chega, temos de importar", refere [o director-geral]. "A cortiça portuguesa não é suficiente para tudo o que manufacturamos", acrescenta. Só para dar um exemplo, Espanha, que detém a segunda maior floresta de sobro do mundo, exporta metade do produto directamente para as fábricas portuguesas.

(http://www.portugalnews.pt/icep/artigo.asp?cod_artigo=143743)