Igualmente importante era o facto de esta inscrição se encontrar associada ao zimbório da igreja, facto que
prova ter este templo, provavelmente numa segunda campanha de obras quinhentistas, sido dotado de uma estrutura
relativamente erudita e pouco comum na arquitectura algarvia: um zimbório.
Infelizmente, pouco mais sabemos do projecto manuelino. No interior, conserva-se ainda uma pequena pia de água
benta, em forma de mísula, adossada a uma das paredes da nave, que pela sua decoração é claramente manuelina. No entanto,
foram muitas as alterações por que a igreja passou, nos séculos seguintes. Logo em 1575, menos de cinquenta anos da
conclusão da campanha tardo-manuelina, deu-se uma renovação do templo, cuja amplitude e relevância artística são, até
ao momento, difíceis de avaliar. Supomos datar dessa altura o zimbório sobre um eventual cruzeiro, mas nada
podemos, por agora, assegurar. Igualmente maneirista é a pia baptismal, despida de decoração e assente numa base
quadrangular em forma de capitel invertido.
(http://www.ippar.pt/pls/dippar/pat_pesq_detalhe?code_pass=74226)
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