aparelhar

Noutra encarnação, Viriato Lico, 44 anos, transmontano de Bragança, poderia ter sido um egípcio construtor de pirâmides. Nesta, é um homem extraordinário que há 20 anos está a construir uma casa.

Sem a ajuda de ninguém, nem de serventes, nem de engenheiros ou arquitectos. Usando apenas as suas próprias mãos e a cabeça.

Pelos seus cálculos, vai precisar de mais uns dez anos para acabar a obra de uma vida, uma enorme casa de pedra de dois andares, com uma torre, implantada num terreno de 2.800 metros quadrados, junto ao rio Fervença, em Oleirinhos, freguesia de Meixedo, no coração do Parque Natural de Montesinho.

À primeira vista, a perspectiva de ainda faltarem dez anos soa a conservadora. A casa apalaçada tem um ar de acabado, mas Lico quer acrescentar dois quartos, com casa de banho privativa, aos quatro já existentes, fazer uma piscina, completar o muro nas traseiras e, não nos podemos esquecer de que se trata da obra de um homem só e com poucos recursos.

(...) Lico financia a construção da casa com o dinheiro que ganha a pintar reclames publicitários, em automóveis, vidros ou paredes. O seu jeito de mãos não se esgota na capacidade de aparelhar pedras, adaptando-as à medida pretendida.

(http://www.jornalnordeste.com/noticia_access.asp?idEdicao=145&id=5515&idSeccao=1320&Action=noticia)

O conteúdo funcional do lugar a prover é o constante no despacho nº 1/90, publicado no Diário da República, 2ª série, de 27 de Janeiro de 1990, e resume-se ao seguinte: aparelhar pedra em grosso, executar alvenaria em pedra, tijolo ou blocos de cimento, proceder ao assentamento de manilhas, tubos e cantarias, executar muros e estruturas simples, com ou sem armaduras, e ainda instruir ou supervisionar o trabalho dos aprendizes serventes que lhe estejam afectos.

(http://www.digesto.gov.pt/pdf2sdip/2007/05/102000000/1433014331.pdf)