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A caiação entrou em crise no Alentejo. Em dez anos, pelo menos, 50% da população virou costas ao modelo tradicional, garantem pintores e fornecedores ao DN. "Só os mais idosos vão tendo paciência para isso", diz (...) um pintor que há duas décadas percorre todos os concelhos do Baixo Alentejo, sendo que os serviços em cal "praticamente terminaram" há cinco anos. A única excepção são as igrejas.

Santiago de Cacém é um exemplo paradigmático. A autarquia lançou uma campanha de caiação no dia 2, oferecendo cal, pincéis e trinchas, aos moradores do centro histórico, mas ainda só duas pessoas aderiram à iniciativa. Uma delas para caiar um galinheiro.

"As tintas de exteriores são mais caras, mas dão mais garantias, podendo durar dez anos. A cal precisa de manutenção permanente" (...). Já João V., fornecedor de cal e, mais recentemente, de tintas, alerta que as novas técnicas de construção, com recurso ao betão, se adaptam melhor à tinta, embora a ligação secular entre a cal e a argamassa também ainda tenha o seu espaço nas construções mais antigas "sem estrutura para suportarem o peso da tinta."

(http://dn.sapo.pt/2007/04/26/cidades/cal_esta_a_deixar_alentejo.html)

Nas argamassas de cal ordinária, as matérias-primas são (...) cal, areia e água. (...)

Apesar das argamassas de cal ordinária não serem de presa rápida, devem fazer-se nas quantidades necessárias e não preparar grandes quantidades, não as deixando expostas "ao tempo".

(http://www2.ufp.pt/~jguerra/PDF/Materiais/Argamassas%20e%20rebocos.pdf)

A cal comum quando hidratada (também designada como cal apagada ou extinta) na quantidade exacta de água, transforma-se em pó, que por sua vez é solúvel em cerca de 700 vezes o seu peso.

(http://www.jlu.pt/downloads/NORMA_CAL.pdf)