bioenergia

A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) publicou um relatório no qual reconhece as oportunidades do rápido crescimento da bioenergia, mas alerta também para os perigos e concessões inerentes.

«É necessário estudar pormenorizadamente o impacto económico, social e ambiental da bioenergia antes de se decidir a que velocidade se quer desenvolver e que tecnologias, políticas e estratégias de investimento há a seguir», lê-se no documento da FAO a que o Agrodigital teve acesso.

O relatório pretende garantir que «se determinem as necessidades energéticas da população ao mesmo tempo que se protege o ambiente, a nível local e mundial». De entre os benefícios da bioenergia ressaltados pela FAO encontra-se a redução da pobreza, a melhoria do acesso a serviços de energia, o desenvolvimento rural e a melhoria de infra-estruturas rurais. Mas, «a menos que se estabeleçam políticas para a protecção de espaços ameaçados, que se garanta a utilização socialmente aceitável da terra e [que] se desenvolva a bioenergia de forma sustentável, os danos sociais e ambientais podem, nalguns casos, superar os benefícios».

A FAO refere-se, em particular, à utilização de cereais como matéria-prima na produção de bioenergia, afirmando que «é necessário evitar os cultivos que necessitam de alto fornecimento de energia fóssil (como os fertilizantes tradicionais) e de terras de trabalho de qualidade que apresentam baixo rendimento energético por hectare».

(http://www.confagri.pt/NR/exeres/6DAA870F-0296-4E05-A899-1E2388EF8628.htm)