Até há bem pouco tempo pensava-se que a vida só poderia existir em condições próximas daquelas a que estamos
habituados. Na verdade, sabe-se hoje que os limites térmicos e ambientais das formas vivas estendem-se por
valores muito mais amplos, podendo muitos organismos vivos aguentar temperaturas abaixo dos 100 graus
centígrados negativos e algumas bactérias reproduzirem-se com facilidade acima do ponto de ebulição da água.
Também nos fundos oceânicos, e a profundidades de quatro mil metros, na dependência de aparelhos
vulcânicos activos e na ausência completa da luz solar, assistimos a grandes comunidades de seres vivos,
espécies até há pouco desconhecidas para a ciência e que dependem de uma síntese química que algumas bactérias
realizam a temperaturas superiores às da água em ebulição.
Ainda mais incrível tem sido a descoberta de outras bactérias termófilas, encontradas a
profundidades variadas, e que vivem em plena associação com a rocha envolvente. Um exemplo é o do furo
realizado perto de Hanford, Washington, onde a dois mil metros, em rochas outrora formadas à superfície,
vivem bactérias há vários milhares de anos, pensando muitos cientistas que elas são descendentes dos
microrganismos da idade dos dinossáurios.
(http://www.cientic.com/tema_monera_jorn11.html)
|