Mosteiro dos Jerónimos, Mosteiro de Santa Maria de Belém

O Mosteiro dos Jerónimos é uma obra fundamental da arquitectura manuelina. O risco inicial é de Boitaca (1502), que lançou os fundamentos da igreja e do claustro, e cuja campanha de obra inclui os arranques do portal principal, actualmente abrindo para um nártex abobadado formado pelo varadim coberto que estabelece ligação com as arcadas do corpo fronteiro (onde está sediado o Museu Nacional de Arqueologia). O portal é em arco polilobado, abatido, encimado por representações alusivas ao mistério de Belém; de cada lado da entrada destacam-se, sobre mísulas, as estátuas de vulto de D. Manuel e de D. Maria. A meio da fachada sul, voltada para o Tejo, rasga-se o belo pórtico de João de Castilho, estruturado ao modo de monumental relicário de ourivesaria, sobrepujado pela estátua da Virgem de Belém e o Arcanjo S. Miguel, e decorado com esculturas dos Apóstolos, Profetas, Doutores da Igreja, Sibilas e anjos.

(http://www.ippar.pt/monumentos/conjunto_jeronimos.html)

As origens do mosteiro remontam a 1459, quando uma bula de Pio II confirmou e instituiu em paróquia a Ermida de Santa Maria de Belém (ou do Infante) no Restelo, fundada pelo Infante D. Henrique e doada à Ordem de Cristo em 1460.

Em 1496, uma bula de Alexandre VI fundou canonicamente o Mosteiro de Santa Maria de Belém, a pedido de D. Manuel, que doou a ermida à Ordem de S. Jerónimo. Em 1521, o rei Venturoso morre, sendo sepultado na Ermida por a igreja não estar ainda concluída, o que só aconteceu 30 anos depois, altura em que se deu a trasladação das ossadas de D. Manuel I, de D. Maria II e dos infantes para o cruzeiro da nova igreja.

(http://lazer.publico.clix.pt/artigo.asp?id=6397)