O território português viveu sempre na periferia do mundo árabe e longe dos grandes centros de irradiação cultural do Sul
da Península. Quando se quebrou a unidade política do califado, os reinos de taifa que aqui se constituíram foram, salvo o de Badajoz
(que estendeu o seu domínio até Lisboa), pouco importantes, pequenos e efémeros. Faltam por isso em Portugal os grandes monumentos,
e apenas no traçado tortuoso das ruelas e becos de algumas cidades do Sul, e nas muralhas e castelos que as defendiam, se encontram
vestígios materiais da dominação muçulmana. A Igreja Matriz de Mértola conserva a estrutura e alguns traços da única
mesquita que se conhece.
(http://www.instituto-camoes.pt/CVC/hlp/biblioteca/formportugal.pdf)
De destaque ainda é o Castelo de Mértola, medieval, que culmina no morro com duas torres - a torre de menagem, que foi construída
em 1292 pelo primeiro Mestre da Ordem de Sant'Iago. Existem alguns torreões amparando muralhas, em grande parte obra de mouros,
mas com muita silharia romana. Referência também para a Igreja de Nossa Senhora da Anunciação, matriz de Mértola, dos
séculos XI-XIII e que sofreu alterações no século XVI, em estilo manuelino e renascentista.
(http://beja.blogs.sapo.pt/2005/02/)
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