As Intermitências da Morte,  
José Saramago

Editorial Caminho
2005, 216 pp.
ISBN: 972-21-1738-6


A mais recente obra de José Saramago surpreende-nos com uma temática hostil, tratada, no entanto, de forma muito divertida e humorística, como aliás já nos vem habituando o Nobel português da literatura. O romance narra os conflitos e os problemas gerados por uma situação que poderia parecer, à partida, pouco provável: “no dia seguinte ninguém morreu”.

Num país imaginário, o que antes seria motivo de alegria transformou-se num alvo de crítica e de contestação, pela simples razão de que a morte decidiu refugiar-se e não importunar ninguém. Tal atitude de aparente reforma da morte causa invariavelmente enorme embaraço e preocupação junto do poder político, económico, social e religioso.

O mito da imortalidade e da vida eterna nunca antes esteve tão presente e o confronto com essa situação coloca em análise o amor, os afectos, os desejos e até mesmo a própria vida e o sentido da existência humana.


Esta secção tem a colaboração de
«BULHOSA  LIVREIROS»
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© Instituto Camões, 2005