Este pequeno livro, como tantos outros, oferece uma colecção de breves poemas, um bouquet de literatura. Mas ao contrário de tantos outros, aqui não se conjugam simples exercícios de gramática, de semântica ou de fonética. Quando muito, uma espécie de haiku sem a métrica, uma poesia sensível, habitada, e cósmica, evocativa de sentido aberto.
Para além das Aventuras, silvestres e doces, há a vida de Anton Webern em 20 quadros. A concisão e o fulgor das peças do compositor austríaco inspiraram os poemas de Zé Luís Costa, à mistura, talvez, com velhos retratos de família e muito ar puro.
Chegados à esplanada em cima do icebergue, ali ficaremos (como algumas pessoas na jangada que navega no livro), «por uma tarde, erguendo ao sol os copos com limonada».