«Ao aceder à leitura crítica das peças patricianas, entendemos dever começar pela palavra filosófica para melhor nos acercarmos do anfiteatro onde se desenrolam as falas e os gestos das suas personagens. Patrício encorajou-nos a enunciar uma intuição que há muito nos aflorara, ao manifestar na sua obra a fragilidade dos diques disciplinares que separam o literário do filosófico, libertando algo de interactivo na configuração de ambos os termos: se a filosofia é a literatura das ideias, então a literatura é a filosofia das sensibilidades.»

Termina assim a introdução ao ensaio que foi tese de doutoramento do dramaturgo e professor da Escola Superior de Teatro e Cinema Armando Nascimento Rosa, estudioso que antes se tinha debruçado sobre a obra de Beckett, na qual encontrou um «teatro do inconsciente».

De entre as suas peças encenadas e/ou publicadas, contam-se os títulos: Maria de Magdala (Lisboa, Parceria A. M. Pereira, 2005); O Túnel dos Ratos e A Última Lição de Hipátia (Porto, Campo das Letras, 2004); Um Édipo (Évora, Casa do Sul, 2003; edição norte americana pela Spring Journal Books, em 2006); Audição – Com Daisy ao Vivo no Odre Marítimo (Évora, Casa do Sul, 2002); Espera Apócrifa (Lisboa, Cosmos, 2000); e Lianor no País sem Pilhas (Porto, Campo das Letras, 2001), distinguida com o Prémio Revelação Ribeiro da Fonte em 2000.