Arco, Barco, Berço, Verso,  
Texto de
José Carlos de Vasconcelos
Ilustrações de Carlos Quitério

ASA Editores, S.A.
2005, 46 pp.
ISBN: 972-41-4456-9
www.asa.pt


«Buscar, nas palavras, o azul, / a limpa substância dos sonhos, / caminho marítimo para a esperança. / Procurar, nas letras, a matéria, / o trinado, a textura, da tinta / – indistinta múltipla corola / inventada por uma criança.»

Assim explica José Carlos de Vasconcelos o propósito de um livro que é uma versão revista e ampliada do precedente De Águia a Zebra, publicado em 1977 e há muito esgotado. Trata-se de uma viagem pelo alfabeto, um jogo de palavras desde o verbo Amar até ao Zumbido perdido de uma abelha. Palavras para dizer conceitos, criaturas e coisas que ganham forma nos desenhos do artista plástico e ilustrador Carlos Quitério.

José Carlos de Vasconcelos é director do JL - Jornal de Letras Artes e Ideias, e coordenador editorial da revista VISÃO. Natural de Freamunde, estudou na Póvoa de Varzim, começando muito novo a colaborar no semanário local O Comércio, onde dirigiu uma página literária. Fez Direito em Coimbra, onde foi presidente da Assembleia Magna da Associação Académica, membro do Secretariado Nacional dos Estudantes Portugueses (ilegal), Chefe de Redacção da Via Latina, órgão da AAC, e da revista cultural Vértice, e ainda dirigente e actor do Teatro Universitário.

Assim continuou dividido entre o jornalismo, a advocacia e o combate político até à revolução de Abril, tendo optado depois pela imprensa, passando brevemente pela RTP, onde fez, logo em 1974, com Fernando Assis Pacheco, o programa «Escrever é lutar».

Em 1975 foi um dos fundadores da Projornal, que lançou numerosas publicações (O Jornal, Sete, JL, Jornal da Educação, História, etc.), e fundou, com a cooperativa TSF, a TSF-Rádio Jornal, em que igualmente colaborou. Dirigiu O Jornal entre 1977 e 1985, ano em que deixou este cargo para ser candidato a deputado. Na política, foi fundador e dirigente do PRD, deputado e vice-presidente do seu grupo parlamentar, abandonando o partido por entender que se afastara dos seus princípios e objectivos.

Escreveu vários livros de poemas e um sobre liberdade de imprensa. Durante muitos anos, sobretudo antes do 25 de Abril, participou em sessões de «canto livre», com José Afonso e Adriano Correia de Oliveira, entre outros, e fez numerosos recitais de poesia.


Esta secção tem a colaboração de
«BULHOSA  LIVREIROS»
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© Instituto Camões, 2006