«Quem diz que é um vinho logrado a violência? / Dizem eles mas eu afio a língua e a voz no fio / da espada sei que toda a história conta a formação / da cólera crescimento e passagem em olhos / raiados de vermelho: é de medo que teço / e desfaço ardis possíveis, levantados ao meu passo: / maior e mais sozinho / Eu oiço (e não é vago) o uivo dos lobos junto / às grades levantadas neste campo / (que razão me dão a que os não oiça?)»
Maria Andresen é professora da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. A par de poesia, tem publicado artigos e ensaios sobre Literatura Portuguesa, Literatura Brasileira, Literatura e outras Artes e Ensino da Literatura em jornais e revistas especializadas (Colóquio, Jornal de Letras, Artes e Ideias, Românica, Plural, Diário de Notícias, Diacrítica, Público - Leituras, etc.) Sobre estes temas apresentou também comunicações em colóquios nacionais e internacionais, mesas-redondas, cursos livres de literatura e conferências.