Publicações Dom Quixote
2006, 158 pp.
ISBN: 972-20-3133-3
www.dquixote.pt
A obra de Pedro Rosa Mendes conta a história de um agente norte-americano residente em São Tomé e Príncipe que trabalha para o Departamento de Estado, recolhendo informação sobre o petróleo. Neste país africano encontra um nativo, Lenin, que tem uma pseudo-empresa de representações chamada Lenin Oil. Lenin participa, simultaneamente, numa conspiração para derrubar o corrupto sistema político da ilha. A narração, desenvolve-se sob a perspectiva do agente através de cartas para o Departamento de Estado e de cartas para um amigo, onde são evidenciados os mistérios de África.
«Preta vende andalas fritas na barriga do batelão. Cacau e Café, os dois ex-chefes-de-Estado, conspiram e trocam selos numa mesa de Belvedere. Vladimir Iliche sonha com justiça na Sombra da Capoeira. E Wahnon, o Presidente, assiste à Tragédia do marquês de Mântua para comemorar a independência e o petróleo. Porque há petróleo. E a salvação da Ilha, pequeno Estado insular africano. Será? Todos aqui são filhos da inércia, do mito e do rancor: o americano observa, manipula e escreve sobre esta outra tragédia, real, chamada Lenin Oil. Aprende a noite, o mato e as máscaras. E a morte, para onde convergem todas as revoltas de escravos.»
Um romance com questões políticas actuais, sobre o poder do petróleo, «chantilly lustroso». Ilustrações de Alain Corbel.
Pedro Rosa Mendes nasceu em 1968 em Cernache do Bonjardim, Sertã. É jornalista desde 1989 e cobriu vários conflitos, sobretudo em África. Estreou-se como escritor em O Melhor Café, do fotógrafo Alfredo Cunha (1996). É autor de Baía dos Tigres (1999), traduzido em mais de 20 países. Com Alain Corbel realizou os álbuns de reportagem Ilhas de Fogo e Madre Cacau Timor (ACEP 2001 e 2004). Foi distinguido com os principais prémios de reportagem Prémio Nacional de Reportagem do Clube Português de Imprensa 1998, Prémio AMI-Jornalismo contra a Indiferença 1999 e Prémio Bordalo de Imprensa 2000. É co-autor de Topografias da Vinha e do Vinho (2002) e de Atlântico Romance Fotográfico (2003). Publicou vários contos, ensaios e reportagens em diversas revistas.
Alain Corbel nasceu na Bretanha (França) em 1965. Vive e trabalha desde 1997 em Portugal, como ilustrador e autor de BD. Ilustrou duas dezenas de livros com vários autores: Lídia Jorge, Luísa Ducla Soares, João Paulo Cotrim, Álvaro Magalhães, António Torrado, entre outros. É autor de A Viagem de Djuku, ilustrado por Éric Lambé, e de A Máquina Infernal, com ilustrações suas. Publicou com Pedro Rosa Mendes Ilhas de Fogo e Madre Cacau Timor. Prémio Nacional de Ilustração 2002, com Contos de Macau, de Alice Vieira, e Prémio de Melhor Ilustração do Festival da Amadora 2005 com O Pai Natal Preguiçoso e a Rena Rodolfa, de Ana Saldanha.